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Allo Motif

escrito porJoyce Guillarducci 11 de junho de 2021
allo_opt

Projeto nascido na quarentena leva ondas da chillwave pra flutuar em gravidade zero com seu single de estreia. Ouça ‘Satellite’ + entrevista.

O projeto Allo Motif surgiu como um hobby do recifense Filipe Oliveira durante a quarentena. Após um período cursando mestrado na Inglaterra onde teve a oportunidade de reviver os tempos de “bandinha da escola” tocando com colegas intercambistas, ele voltou ao Brasil no início de 2020 determinado a despertar mais uma vez a sua musicalidade. Com o início da pandemia da Covid 19, passou a estudar composição e produção musical como uma tentativa despretensiosa de encarar o período de isolamento social. A partir de um pequeno home studio, começou a escrever e produzir canções autorais e compartilhá-las nas redes sociais, experimentando com diversos estilos e influências e aperfeiçoando o seu processo criativo a cada nova postagem.

Diante da boa receptividade do público, Filipe decidiu levar o projeto para um nível mais profissional e nasceu assim o Allo Motif e seu single de estreia ‘Satellite’, música que explora elementos distintos que vão da chillwave ao trip hop, oferecendo uma atmosfera bem fluida e intimista e aquela sensação de estar flutuando à dois em gravidade zero.

confira o lyric video de ‘Satellite':

Aproveitando o lançamento, conversei com o Filipe sobre as origens do Allo Motif, referências do projeto e planos futuros, confere tudo aqui:

satellite

Filipe, vamos começar pelo nome de seu projeto musical: Allo Motif tem alguma relação com a série de sintetizadores Motif da Yamaha?

Na verdade, não. Allo Motif é um nome que remete a vários propósitos (ou motivações) que as pessoas podem ter ao longo da vida. Aquela ideia de que cada um tem que buscar um único propósito, uma única carreira, que vai satisfazer todas as nossas necessidades, é um poço sem fundo difícil de sair. Allo Motif fala, para mim, de todos os propósitos que estão à disposição da nossa vontade, para que a gente possa experimentar, mudar, arriscar. Além disso, “motifs” são padrões de design muito comuns em azulejos portugueses, que é algo que me lembra muito a minha infância com a minha avó, pois a cozinha dela é revestida por esses azulejos. Hoje eu moro nesse apartamento em que ela morou durante a vida inteira, e onde comecei a compor e produzir.

E você começou a compor durante a pandemia, certo? Nos conte um pouco sobre sua relação com a música e como foi esse processo de realmente assumir o músico que existia em você.

Eu sempre fui afinadinho, mas nunca fiz aula de canto ou de instrumento algum. Cantava sempre que estava sozinho ou com amigos e família. Tive bandas no colégio que sempre ensaiavam, mas acabavam antes de fazer um show de verdade. O tempo passou, comecei a faculdade, emendei com o trabalho, e fazer música ficou por muito tempo só na vontade. Em 2019, eu estava morando e estudando em Londres e montei uma banda com outros intercambistas. Isso despertou a musicalidade em mim novamente, mas dessa vez eu queria explorar algo que nunca havia tentado: escrever e produzir músicas autorais. Foi um pouco depois de voltar para o Brasil que a pandemia começou. Eu passei a trabalhar de casa e me via ansioso com tudo que estava acontecendo, com os nervos à flor da pele. Foi aí que resolvi tentar acalmar a mente usando esse período de isolamento e introspecção para tirar a ideia que surgiu um Londres do papel. Montei um home studio básico e comecei a estudar um pouco de composição e produção na internet. A minha ideia era usar as redes sociais para experimentar com as letras e guias que eu vinha criando, sem nenhuma expectativa além disso naquele momento. As músicas foram saindo, o feedback foi em geral positivo e um amigo, o Diogo Guedes, que eu não via há muito tempo, curtiu o som e topou produzir algumas comigo. Foi a partir daí que o conceito de Allo Motif surgiu, em cima de tudo que vinha experimentando e do tipo de som que eu queria fazer.

Seu single de estreia ‘Satellite’ oferece uma atmosfera chill wave / trip hop bem gostosinha. Quais referências sonoras e estéticas você tem buscado trazer para este projeto?

Apesar das minhas melodias e vocais caminharem para o rock ou para o pop, eu gosto de experimentar e gosto da liberdade que os elementos eletrônicos dão para isso. A atmosfera de Satellite partiu, primeiro, da progressão de acordes, que me remetia à vibe triste e sensual de algumas músicas do Portishead e do The XX. A partir daí, bandas de trip hop como Depeche Mode também influenciaram no arranjo com elementos eletrônicos que estabeleceram o conceito da música, dando essa sensação de gravidade zero. Tentamos agregar tudo de forma a passar a mensagem da música e construir essa estética espacial, desde as texturas com synths, passando pela sensação alarmante do teclado no refrão até os hihats da batida que remetem aos propulsores dos foguetes.

Pra fechar, quais seus próximos planos?

Satellite é o primeiro de uma série de singles que são fruto de um processo que teve início em 2020, mas que ainda está só começando. Ainda em junho, vou lançar o clipe de Satellite com uma participação muito especial. O meu próximo single será lançado entre o final de julho e o início de agosto e projeto lançar um total de 4 a 5 músicas ainda em 2021. Para os próximos lançamentos, eu diria que haverá um pouco mais de fluidez em termos de gênero, transitando entre o trip hop, o chillwave, o indietrônico e outros estilos de música indie. Quero trazer mais instrumentos orgânicos, mas a presença dos instrumentos eletrônicos será uma constante.

‘Satellite’ também está em nossa playlist de descobertas Groover da cena indie br:

***

Allo Motif was last modified: junho 11th, 2021 by Joyce Guillarducci
BrasilChillwaveElectro PopGlo-FiIndieTrip Hop
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SOBRE

Joyce Guillarducci

Sou apaixonada por música, curiosa por natureza e adoro conhecer coisas novas - sem deixar de lado as antiguices do coração. Criei este espaço para compartilhar minhas descobertas com quem também cansou de ouvir sempre as mesmas bandas. Tem muita música boa acontecendo here, there & everywhere. Eu quero mais, cansei do mainstream

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