Cantora sergipana explora a web paquera e o anseio pelos reencontros pós pandemia em seu novo videoclipe. Assista ‘Bomba Nuclear’ + entrevista.
Tá difícil ser solteira na quarentena né minha filha? A questão do flerte virtual como ferramenta de paquera e o anseio dos solteiros pandêmicos pelos encontros que virão depois foram as inspirações para ‘Bomba Nuclear’, novo single da Yanna. A cantora e compositora natural de Aracaju/SE e que hoje mora em Florianópolis/SC vem desde 2019 explorando vertentes do pop para canalizar e expressar suas vivências e inquietações de forma descontraída e bem dançante. O resultado disso pode ser conferido em alguns singles que a Yanna já fez o trabalho de reunir aqui pra gente:
ouça yanna:
A nova faixa veio acompanhada de um videoclipe com fotografia impecável e atmosfera provocante que complemetam perfeitamente o dance-pop de ‘Bomba Nuclear’ em todas suas extensões. Aproveitando o lançamento, conversei com a Yanna sobre suas referências sonoras e estéticas, produção na quarentena, dinâmica do flerte virtual, expressão de sua sexualidade no clipe de ‘Bomba Nuclear’ e outras coisas. Descubra ainda com quais divas do pop ela armaria um feat e/ou uma web treta, tá tudo aqui:
“Essa música tem a estética do pop dos anos 2000, com a referência sonora dos pops mais
recentes, trazendo uma pegada mais lúdica, sensual e divertida. Quando escrevo uma música,
penso numa cor, e na ‘Bomba Nuclear’ me veio a cor rosa, por trazer esse lance de diversão. E é
o que a música retrata: a empolgação de conhecer alguém e a arte de flertar virtualmente
nestes meses de isolamento por conta da pandemia, e como serão explosivos os novos
encontros e reencontros” – Yanna
Yanna, você já contou que suas principais referências vêm de grandes nomes do pop como Dua Lipa, Billie Eilish e arrisco até uma Ginger Spice no visual (amo as mechinhas loiras). Quais outras inspirações e influências, dentro ou fora da música, você diria que ajudaram a formar sua identidade como artista?
Você pegou a referência da Ginger Spice haha foi a ideia do cabelo sim e pela atitude mais sensual e divertida pra minha música “bomba nuclear”. Eu sempre fui muito fã da cultura pop, gosto de usar isso como referência. Como influência e inspiração o The weeknd pela estética visual, acho muito incrível a forma em que ele consegue contar suas histórias na música através do visual, a atitude “bad ass” da Miley também acaba sendo uma inspiração por que me identifico com essa energia explosiva dela, e óbvio que a Lizzo, pelo body positive e a segurança dela ser uma cantora pop famosa gorda e conseguir inspirar tantas mulheres a serem elas mesmas.
Você acabou de lançar a dançante ‘Bomba Nuclear’ que explora a dinâmica do flerte virtual. Conta pra gente como foi a experiência de produzir novo material durante o isolamento, e também quais dicas você daria para quem ainda não é versada na arte da web paquera?
Em relação à dinâmica de produzir a “bomba nuclear” não foi muito diferente das outras, porque um dos meus produtores mora no RJ então a gente sempre tem essas trocas a distância mesmo. Eu escrevi a música no início da pandemia no ano passado e pensei como a falta de um date afetaria os solteires, acabou sendo divertido explorar esse meu lado de falar sobre minha sexualidade, sobre flertar com pessoas de uma forma divertida. Acho que a web paquera tá sendo mais comum do que eu pensava, não precisa usar os apps de paquera pra isso, instagram ta ai! hahaha
E a nova faixa veio acompanhada de um videoclipe belíssimo e provocante que conta com o simbolismo de um casal de dançarinos como canal de expressão para sua bissexualidade. Qual foi a sensação de assumir e compartilhar essa intimidade com seu público?
Eu estou bem orgulhosa desse trabalho e acho que falar sobre minha bissexualidade através do meu trabalho foi uma coisa natural, então a reação pra mim foi uma coisa normal. As pessoas elogiaram meu trabalho como um todo, o que me deixa bem feliz.
assista ‘bomba nuclear’
Vi que durante a divulgação de ‘Bomba Nuclear’ rolou um #challenge em parceria com uma marca de lingerie. Acredito que quando em harmonia com a proposta do trabalho como foi o caso, esse tipo de ação é uma forma bem criativa de dialogar e expandir o alcance de público tanto da marca quanto do artista. Quais seus pensamentos sobre isso e o limiar do “artista influencer”?
A ideia veio de mim porque eu sou muito fã da marca Quero Abusar, uma empresa de mulheres empoderadas e que traz tudo o que eu acredito. Elas são incríveis e me apoiaram de olhos fechados, o que tornou tudo mais divertido. A parte do challenge eu já tinha pensado como estratégia do lançamento e elas chegaram junto pra fazer esse challenge sorteando peças da marca, eu achei incrível elas me darem esse apoio. No momento em que a música fica pronta já tem que pensar em formas de como fazer isso chegar até as pessoas, sendo um challenge uma parceria mas algo que tenha a ver com você como artista.
O universo da música pop é sempre movimentado por feats, então conta com quais divas você gostaria de trabalhar junto no futuro?
Nossa eu amaria fazer feat com tanta gente que é difícil escolher só um!! Eu amaria fazer com a Gloria Groove, eu acho ela incrível, talentosa, com atitude. E amaria fazer também com a Duda Beat, gosto do estilo musical dela e acho ela mega criativa.
Nessa cena também rolam muitas provocações, indiretas e picuinhas diversas. Zelando pela reputação do pop brasileiro e pelo bem do entretenimento coletivo, com qual celebridade você armaria uma web treta?
Eu tento evitar ao máximo treta, não tenho desavença com ninguém. Só também não fico calada quando vejo atitudes preconceituosas, isso eu não deixo passar!!
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