Impressões sobre o festival + entrevista com 2DE1.
foto: Jo Bellissimo
DEZ DIAS DEPOIS… estou finalmente recuperada e pronta pra contar um pouco do que rolou na 1ª edição do XXXBornival e suas 12 horas extremas de música organizadas pela galera da Freak. Serei bem breve, até porque a essa altura já nem lembro de tudo – juro que a quantidade de catuaba ingerida não tem nada a ver com isso (não, magina). Pra compensar ali embaixo tem um papo bem legal com a dupla 2DE1 falando sobre seu disco, ativismo LGBT e o que foi o festival pra eles. Rola a matéria até o final que vale a pena!
Mas vamos lá: essa foi minha primeira vez na Audio e curti bastante o ambiente com área para fumantes ampla e sem burocracia, food trucks variados, banheiro com espelhão, bares amigáveis e sem filas. Acho que R$12 é muito pra uma cerveja mas ok pra um copão de catuaba, e foi assim que me rendi à roxinha hehe. Pros paladares mais refinados tinha drinques legais a R$25.
Sobre a música, teve gente que reclamou que o som do palco principal estava baixo. Pra mim estava bem bom e os shows foram euforia total. Com um line super variado e muito protagonismo feminino, os dois palcos do festival cobriram do indie rock ao funk e foram cenário de momentos históricos da música contemporânea, de onde destaco a invasão do público no show da Carne Doce, os sempre intensos 2DE1, o delírio dos Boogarins e do set da Vektroid, e a Salma e a Letrux dividindo o palco em ‘Que Estrago’. Que estrago, que momentos!
XXXbornival foi uma verdadeira celebração à nossa música e eu só espero que esse festival cresça a cada edição. Viva o XXXbornival e viva a catuaba!
playlist oficial do xxxbornival pra relembrar:
Pra fechar tem papo com a dupla 2DE1 (que eu já apresentei aqui). Confere aí:
Gosto muito das letras da 2DE1, sempre bem intensas. Queria saber como é o processo de composição de vocês e se rola briga de irmãos quando vocês estão criando.
A gente tem um processo de composição bem tranquilo. Normalmente o Fernando escreve as letras e o Felipe constrói a harmonia, e juntos chegamos em uma melodia que os dois curtam. Brigas, principalmente no processo de criação é quase impossível. A gente briga bem pouco pra falar a verdade ahah.
E de onde saiu o sugestivo nome ‘Transe’ para o disco?
A música ‘transe’ já existia dentro do disco, e ela trazia um pouco da vibe do trabalho. Pensamos nisso pois o álbum fala justamente dessas duas coisas, liberdade de entrar em transe e viver tudo que se deseja viver, e o transar propriamente dito que nada mais é do que trocar energia, com quem quer que seja, com quantas pessoas seja, enfim rs.
ouça 2de1 no spotify:
Uma das minhas favoritas do ‘Transe’ é a ‘Almoço’, faixa no mínimo polêmica, rs. Vocês sentem que as pessoas ficam chocadas quando escutam pela primeira vez?
Cremos que o choque é natural de primeira, mas logo passa, porque no fim, é uma música que fala de uma relação super segura e carinhosa.
Há alguns dias vocês tocaram na 1ª edição do XXXBORNIVAL, que foi uma celebração maravilhosa à nossa cena independente. Resumam em apenas uma palavra o que foi o festival pra vocês.
Intensidade!
O ativismo LGBTQ+ está presente nas letras e nos discursos das apresentações ao vivo de vocês. Como vocês vêem a recepção dessa representatividade na cena?
Acreditamos que a cena independente tem entendido bastante a representatividade. As pessoas têm entendido aos poucos que todo mundo tem espaço, e quanto mais a gente se ajudar, mais a cena cresce. E é isso, união, que vai expandir cada vez mais a cena independente e a cena LGBT.
Pra fechar, o que vocês estão ouvindo no momento? Essas coisas aparecem an playlist “Fazendo o secso com amorzinho” de vocês?
Com certeza. Lianne la Havas, Silva, Ibeyi, dentre mais um monte de coisas ahah.
divirtam-se:
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