Música experimental dos anos 60.
Hoje resolvi compartilhar aqui meu amor por uma excêntrica girls band dos anos 60. As GTOs surgiram em 1968 sob a tutela de Frank Zappa, que achou que seria uma boa ideia reunir algumas das garotas frequentadoras da cena musical de Los Angeles (aka ‘groupies’) e produzir algo com elas. Aliás, abrindo um parênteses para falar que o termo ‘groupie’, constantemente utilizado de forma pejorativa, foi definido pela própria Pamela Des Barres, uma das GTOs, como “a full-of-love female doing exactly what she wants to do”. Não vejo como algo assim possa ser considerado feio, só palmas e amor para Miss Pamela <3
Além de Miss Pamela, as GTOs eram formadas por Miss Sparky (Linda Sue Parker), Miss Lucy (Lucy Offerall), Miss Christine (Christine Frka), Miss Sandra (Sandra Lynn Rowe), Miss Mercy (Judith Edra Peters) e Miss Cynderella (Cynthia Wells). A carreira da banda foi bem curtinha, acabando em 1970, e nesses dois anos apenas um álbum foi produzido pelas garotas, o conceitual ‘Permanent Damage’, que mistura canções com trechos de memórias e diálogos entre elas, muitos deles referenciando astros do rock, como Brian Jones e Nick St Nicholas. Nesse trabalho as GTOs conseguiram transmitir o sentimento que diversas garotas sentiam (e sentem) em relação a música e a seus ídolos – essa vontade de não só estar perto da música, mas inspirá-la, inspirar-se e fazer parte dela, e é por isso que considero o ‘Permanent Damage’ um álbum brilhante.
Deixo aqui o álbum completo das ‘Girls Together Outrageously’, que contou com participações de Jeff Beck e Rod Stewart, e produção de Frank Zappa. Espero que sintam-se tão inspirados por ele quanto eu me sinto: