Conexões da world music com produções brasileiras.
Já contei aqui que o Cansei do Mainstream agora é influencer Groover e essa tem sido uma experiência bem expansiva que tem me dado acesso a bandas emergentes em nivel global. Já foram mais de 70 artistas de 15 diferentes nacionalidades passando por estas mãozinhas cansadas do mainstream – meus highlights de descobertas tão nessa playlist aqui:
Enquanto escrevo os feedbacks comecei a traçar um paralelo entre o que a galera tem criado mundão afora e aqui no Brasil, e com isso resolvi montar uma lista de indicações das minhas descobertas Groover conectadas às produções brasileiras, com o objetivo não de comparar mas sim agregar e ampliar o leque de opções do público que curte os materiais que aparecem no blog: quer folk psicodélico de bruxão? Tem na Inglaterra e no Espírito Santo! E um jazz groovadinho numa onda mais lúdica? Rola na Islândia e aqui na selva de pedra também! De quebra ali no final ainda saiu a dica da ferramenta SoundBetter do Spotify que media o contato entre profissionais da criação e produção musical #nãoépubli. Então chega mais que sua nova banda favorita pode estar te esperando bem aqui:
1. Dekker – I Think You Know (Inglaterra) – mesma energia bruxão do folk psicodélico do André Prando.
2. Ashley Mayorquin – Greenest Thumbs (EUA) – pra quem ama a sutileza de um free folk que remete às sonoridades de Vashti Bunyan e First Aid Kit e vai bem de encontro com o trabalho dos nossos queridos da Antiprisma.
3. Magon – Change (Israel) – totalmente produzido pelo músico israelita radicado na França, um som que exala o espiríto cool do art rock e protopunk a la Velvel Underground e me faz pensar na enigmática poesia da findada Quasydarks e também do trabalho solo do Wallacy Williams.
4. Beesqueeze – Lost At Sea (Malta) – trippy e obscuro como estar na beira de um k-hole, pra quem curte a dark wave dos Two Internet Ghosts e também a fase ‘Depois do Fim do Mundo’ da Supervão.
5. Pierlucien – Baby Doll (Alemanha) – da estética do clipe à textura sonora que mistura electro pop com música industrial e até a temática que lida com egos e “máscaras” da personalidade, tudo remete ao trabalho do I.A.N.X. e algo que imagino tocando nos clubes de porão de Berlin.
6. katie MAC – Talk Me Down (EUA) / Colours in the Street – I Feel Alive (França) – aquela vibe dançante e ensolarada que a gente quer ver num festival de verão e que tá presente também no som do JP e da Yma <3
7. Ninety`s Story – HOME (França) – da estética dos clipes até a mesma atmosfera dreampop / eletropop / french house, tudo sintoniza bem com o que a Slowaves vem fazendo.
8. Paradoxant – Asylum (Bélgica) – a composição em camadas e a atmosfera mística e etérea me faz pensar numa mistura entre a energia da Papisa e da Soundlights.
9. pu44in – breeze (Inglaterra) – vibe gostosinha de bedroom pop lo-fi que sintoniza bem com o som do lllucas.
10. COMPA – Fences (França) – na intenção de canalizar as incertezas e ansiedades da situação de pandemia, o guitarrista da Colours in the Street criou este projeto durante a quarentena misturando sonoridades do indie rock, pop e hip hop, indo de encontro com o que o Lau e Eu e o Dieguito Reis têm feito por aqui.
11. Óregla – Don’t Quit Your Day Job (Islândia) – jazz groovado com uma roupagem mais lúdica na mesma onda da brincadeira da ‘Corridinha’ do Leo Fazio.
12. MAIA – Bad Guy (Inglaterra) – apesar dos elementos de trip-hop, o vocal mais jazzy me lembra bem o da Carmen Blues. Fun fact: essa faixa foi produzida pelo brasileiro Luis Calil e o contato entre ele e a inglesa rolou através da plataforma SoundBetter do Spotify que promove a conexão de profissionais da música em nível mundial #ficaadica 🌎
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