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Carmen Blues

escrito porJoyce Guillarducci 3 de junho de 2020
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Confira o blues grunge da banda carioca em ‘Gasolina’ + entrevista.

foto: Raíza Falcão

Tempos extremos tendem a trazer à tona as forças mais intensas e viscerais de nossa essência, e isso tem rolado com a Carmen Blues, banda carioca encabeçada pela cantora, compositora e guitarrista Carmen Cunha que, acompanhada de Kadu Mota (guitarra solo), Luiz Gustavo (baixo) e Christian Dias (bateria), vem desde 2018 fazendo um blues-rock com estética lo-fi que já rendeu o EP ‘Tape Sessions’ (2018), gravado em fita K7 no Escritório da Transfusão Noise Records e lançado pela Abraxas Records.

ouça Tape Sessions: 

Pesando mais a mão em sonoridades do hard rock e até do grunge e abordando discussões ideológicas, o quarteto lançou no mês passado o compacto ‘Gasolina’, que traz a introspectiva porém nada tímida ‘My Own’, e também a urgente ‘Cheiro de Gasolina’, primeira com letra em português da banda, escrita por Carmen em 2013 e inspirada pelos protestos dos black blocs na época, mas que também caberia perfeitamente como uma reação (é nota de repúdio que chama?) aos acontecimentos dos últimos dias. O compacto foi gravado no home estúdio de Christian, com produção de Vicente Barroso (Auramental/Balbela) e masterização de Francisco Patetucho (Mábura) e é mais um lançamento Abraxas.

ouça Gasolina:

Aproveitando esse lançamento, conversei com a Carmen Blues sobre o ‘Gasolina’, networking artístico, referências sonoras e também sobre qual é a gasolina essencial com a qual a população tem de se armar neste momento, confere nosso papo aqui:

capa do compacto 'Gasolina' por Eurico Luiz

capa do compacto ‘Gasolina’ por Eurico Luiz

Uma das novidades do novo compacto é a letra em português de ‘Cheiro de Gasolina’, muito acertada aliás por evidenciar ainda mais o conteúdo ideológico da faixa. Rolou uma necessidade de se expressar dessa forma aqui? E podemos esperar mais letras em português para próximos trabalhos?

Carmen: O processo de escolher um idioma pra música é um pouco menos intencional do que isso: minhas letras já meio que “saem” em português ou inglês. Eu diria que é um processo mais inconsciente. Mas acho que ajuda sim a letra ser em português quando você tem uma mensagem a transmitir. No futuro, espero fazer letras em português, inglês e quem sabe espanhol também? Sempre tive vontade de escrever uma letra em portunhol, tipo Mutantes.

Outra nova foi o peso das composições, que carregam ainda o blues apresentado nas ‘Tape Sessions’, mas também flertam mais intensamente com elementos do grunge e do hard rock, formando o tal do blues grunge que vocês já mencionaram né. Nos contem o que mudou na Carmen Blues desde 2018 e quais foram as novas inspirações e/ou motivações pra chegar nessa sonoridade.

Carmen Blues: O que rolou é que no Tape Sessions a gente trabalhou a partir da sonoridade da fita K7, que foi a forma que gravamos o instrumental lá no Escritório da Transfusão Noise Records. A gente sabia que teria uma sonoridade mais lo-fi, então achamos que os blues mais lentos conversariam legal com esse som. Daí, com Gasolina, acabamos sentindo vontade de divulgar as músicas mais pesadas, são músicas que a gente queria registrar num esquema mais digital, com a possibilidade de dobras, efeitos e tal, o que permite arranjos mais elaborados.

Vi que o compacto foi produzido pelo Vicente Barroso (Auramental/Balbela) e masterizado pelo Francisco Patetucho (Mábura), e entendo que assim como aqui em SP, os trabalhos da cena independente no RJ se baseiam muito num apoio mútuo entre artistas. Passamos por um momento de muitas incertezas e ainda é difícil compreender como tudo vai funcionar daqui pra frente, mas acredito que agora mais do que nunca é importante manter, cuidar e alimentar esse networking artístico. Quais as impressões de vocês?

Carmen: Sim, total rola, temos nossa ceninha aqui – uma galera que hoje em dia transita especialmente o Escritório e envolve MUITAS bandas – e curtimos de verdade os trabalhos uns dos outros, que é o que nos une primeiramente. A partir daí rola a possibilidade de amizades e também de trabalhos em conjunto, participações, e outras coisas que deixam a gente muito feliz de fazer. No caso desse trabalho isso tudo se fez presente, além de uma vontade de todo mundo de se levantar, se ajudar, sabe? Acho que nesse momento é importante a galera que pode continuar apoiando arte e artistas, pagar pra ver uns lives que você gosta bastante, comprar merch. As pessoas que dependem disso estão realmente ferradas financeiramente , o auxílio do governo é insuficiente e não chega a todos que precisam dele. Eu também acho que a gente vai ter que repensar MUITA coisa nesse país daqui pra frente e espero que isso tenha reflexos na cultura e no financiamento à cultura, que precisa urgente ser democratizado no Brasil.

Christian: No caso do Vicente e do Chico foi muito bom não só por trabalhar entre amigos, mas tb porque são pessoas pelas quais nós temos uma admiração legítima. Isso gera uma confiança que nos deixa muito à vontade. Assim como o fato de ter uma sintonia estética, referências em comum, saber que eles entendem o que estamos dizendo e procurando. No processo de gravação de Gasolina isso foi ainda mais importante porque nós levamos todo o equipamento de gravação pruma casa no meio do mato e ficamos lá 3 noites e 2 dias, totalmente imersos no processo. Então o Vicente era um de nós, não tinha diferença entre nós, ele ficou lá com a gente como um quinto integrante da banda, acordando e indo dormir junto, todo mundo tomando café da manhã cedinho já falando sobre os planos pro dia e indo nesse ritmo até de madrugada. Essa convivência, compartilhar pequenos momentos cotidianos traz uma intimidade que transparece no resultado final. Não é aquela coisa de você entrar num estúdio, dizer oi prum técnico que você nunca viu na vida e gravar tudo correndo contra o relógio porque você só tem x horas pra gravar.

Carmen, você possui uma versatilidade vocal incrível que fica evidente tanto na Carmen Blues quanto na Lâmmia. Quem você citaria como referências para seu trabalho de canto?

Carmen: Eu ouço todo tipo de música e minhas referências de vocal vão de Thom Yorke a Christina Aguilera, de Stevie Wonder a David Bowie, de Marisa Monte a Layne Staley.

Pra fechar: neste momento o que vocês diriam que é a gasolina essencial com a qual a população tem de se armar?

Carmen: Participação política.

***

Carmen Blues was last modified: junho 3rd, 2020 by Joyce Guillarducci
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Joyce Guillarducci

Sou apaixonada por música, curiosa por natureza e adoro conhecer coisas novas - sem deixar de lado as antiguices do coração. Criei este espaço para compartilhar minhas descobertas com quem também cansou de ouvir sempre as mesmas bandas. Tem muita música boa acontecendo here, there & everywhere. Eu quero mais, cansei do mainstream

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