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Cachalote Fuzz

escrito porJoyce Guillarducci 20 de fevereiro de 2020
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Das noites que não fui pra casa (que não foram poucas): confira novidades dos mineiros + entrevista.

foto: Pedro Vianna

E aí que a galera de Minas Gerais tá garrando forte nas produções pra 2020 e tem mais disquinho a caminho, dessa vez o primeiro full da Cachalote Fuzz. A banda de Uberlândia que hoje é formada por Iuri Resende (baixo e voz), Marcelo Chiovato (guitarra), Rafael Vaz (guitarra), Romero Filho (guitarra) e Arthur Rodrigues (bateria) vem desde 2014 participando ativamente da cena underground, tendo rodado por MG, SP, DF, SC e sei lá mais onde, enquanto segue agitando o triângulo mineiro com as produções, shows e festivais promovidos pelo selo Cena Cerrado Discos, que também é encabeçado por Arthur.

Agora eles preparam o álbum ‘sobrevida’, que sairá ainda este semestre numa parceria entre o Cena Cerrado e o brasiliense Quadrado Mágico, e dará sequência à vibe da “baleia ensurdecedora e seus ruídos psicodélicos” apresentada lá em 2017 no EP ‘Brazilian Toys’. Os primeiros sinais dele estão nos singles ‘Congelado’ e ‘Das Noites Que Não Fui Pra Casa’, esse último com participação de Lucas de Paula da banda Pássaro Vivo e fresquinho com *exclusividade* aqui na nossa mão, cheirando à lisergia e lembranças de amanheceres regados à canelinha pelas ruas de Uberlândia.

ouça ‘Das Noites Que Não Fui Pra Casa':

Aproveitando essas novidades, conversei com a banda sobre os novos trabalhos, clipe com o Tagore e neo-neo-psicodelia brasileira. Descubra também se existe vida após a canelinha, tá tudo aqui:

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Hoje vocês soltaram o single ‘Das Noites Que Não Fui Pra Casa’, que é uma narrativa sobre um rolé na na night certo? Nos falem sobre a concepção desse som?

Essa é uma canção do Vinícius Coutinho, nosso primeiro vocalista, que hoje mora no México. Todo mundo que já passou pela Cachalote ainda tá no mesmo grupo do whatsapp até hoje, conversamos e lidamos com todo como se ninguém tivesse saído, por que somos amigos mesmo. E pra esse disco, queríamos mais uma música do Vini, que é um grande compositor, e que inclusive é o autor de “Temporada de Caça”. Quando ele nos enviou essa faixa em voz e violão, piramos, mas não sabiamos de verdade o que fazer, por ser uma onda meio diferente do resto do disco. Fomos pro estudio e do nada saiu essa onda meio folk com uma pegada meio cigana, meio espanhola. E aí tivemos a ideia de chamar o Lucas de Paula da Pássaro Vivo pra gravar essa viola e dar nosso charme mineiro. Tudo casou perfeitamente, e amamos o resultado.

Esse single é o segundo anúncio do disco ‘sobrevida’ que sai em breve. Sei que do ‘Brazilian Toys’ pra cá vocês tiveram alteração na formação da banda, etc, mas queria saber de vocês o que mais mudou para a Cachalote nesses 3 anos e o que podemos esperar dessa sobrevida?

Desde o Brazilian Toys, muita coisa mudou, não só em relação a formação. Começamos a buscar novas influências, buscar nossa essência mesmo com a Cachalote tendo um som muito específico desde o início da banda. Nas composições, mudou que todos nós escrevemos em ‘sobrevida’. Arranjos, letras, tudo foi bem compartilhado. E acho que é um disco que fala mais sobre nós mesmos, nossos sentimentos, nossas vivências e influências. E quando o terminamos de gravar, vimos que realmente gostamos do que tava ali. Isso fica bem claro ao ouvir, por que ele se tornou um disco versátil, com vários elementos sonoros diferentes. Não temos só neopsicodelia e aquele folk psicodélico do Brazilian Toys. Temos uma meio bossinha, um emo core meio post punk, e por aí vai.

Na próxima semana vocês lançam o videoclipe de ‘Temporada de Caça’ que conta com participação do Tagore e vem encerrar o ciclo de ‘Brazilian Toys’. Nos falem um pouco sobre essa produção.

Esse clipe é um material que gravamos a dois anos, pós o Festival Cena Cerrado. Tagore e João Felipe Cavalcanti são grandes amigos e foram anjos no nosso início de jornada, super deram o charme pro primeiro EP, fazendo mixagens, gravando alguns elementos do EP, e a voz em “Temporada de Caça”. Acho que desde 2016 damos rolês juntos por aí, fizemos umas mini turnês em Minas, e depois fizemos um show juntos no Congresso Bruxólico (SC). E aí esse clipe começamos a produzir em 2018 pra coroar de vez essa parceria, mas acabou que por inúmeras questões burocráticas ainda não haviamos lançado.

Mas agora o diretor do clipe Jozé Vitor Araújo, entrou em contato conosco e nos mostrou o material e veio a vontade imensa de lançar o mais rápido possível, e antes do lançamento do ‘sobrevida’. Está maravilhoso! Conta a história de uma jovem baleia que começou a andar com pessoas duvidosas e precisou de ter uma intervenção na sua vida. A atuação de Tagore Suassuna é digna de Oscar!

veja teaser do vídeo de ‘Temporada de Caça':

E no final de 2019 vocês tocaram na Noite Cena Cerrado da SIM SP, que assim como a do Quadrado Mágico e a nossa própria do Cansei trouxe um line baseado em psicodelia cheio de gente nova provando que o boom de cores na nossa música transcendeu a era Tame Impala e veio pra ficar. Qual o pensamento de vocês sobre essa neo-neo-psicodelia brasileira?

Falando de psicodelia, acho que estamos quase chegando ao mesmo lugar que a psicodelia brasileira chegou em outras décadas, sobretudo nos anos 60 e 70. Claro, é bem difícil comparar, tivemos naquela época a Tropicália, o movimento Udigrudi, a onda do rock progressivo. Mas acho que hoje temos os mesmo olhos voltados pro gênero. Os elementos sonoros hoje são bem diferentes, vemos muitas bandas que abandonaram alguns instrumentos que ninguém jamais imaginava, como a bateria acústica. E claro, a dominação do synth. De alguma maneira, estamos chegando a um ponto que vai marcar a nossa história, e isso é bonito. Alguns não gostam, se sentem presos ainda ao que já passou. Mas acho que toda década tem um pouco pra se mostrar.

no ano passado o single ‘Congelado’ entrou na nossa playlist Feliz Ano Psicodélico junto com outros 44 lançamentos de 2019:

E por falar em festivais, foi numa edição do Cena Cerrado em Uberlândia que vocês me apresentaram aquele ótimo drink chamado canelinha, então pra fechar me digam: existe vida (ou sobrevida) após a canelinha?

Achava que não, mas existe! (risos). Chegamos num ponto que buscamos todos os drinks derivados de canelinha, fomos muito mais além. Mas a Cachalote é conhecida por seus afters, e aí fomos buscar o elixir, e o encontramos. É uma receita alcoolica que veio dos nossos ancestrais, mas vocês podem conferir apenas após os nossos shows conosco, dançando nas pistinhas. E claro, no Festival Cena Cerrado desse ano dizem que será a pedida aberta ao público.

***

Cachalote Fuzz was last modified: fevereiro 20th, 2020 by Joyce Guillarducci
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Sou apaixonada por música, curiosa por natureza e adoro conhecer coisas novas - sem deixar de lado as antiguices do coração. Criei este espaço para compartilhar minhas descobertas com quem também cansou de ouvir sempre as mesmas bandas. Tem muita música boa acontecendo here, there & everywhere. Eu quero mais, cansei do mainstream

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