Usa uma droga, come uma fruta. Ouça o single de estreia da banda paulista + entrevista.
Usa uma droga, come uma fruta, no que depender da cena psicodélica br o nosso yin-yang tá garantido. E a fruta da temporada é a Nectarina, banda fresquinha encabeçada pelo músico e compositor Marco Antônio Gallo que “carrega um espirito coletivo e a ideia de contar com artistas diferentes a cada trabalho, misturando géneros e imprimindo a identidade de cada um, sem nenhum apego estético”.
O primeiro fruto do projeto vem da parceria de Gallo com a multi-instrumentista Mariana Castro, de onde saíram quatro faixas que serão lançadas semanalmente para compor o EP ‘Desfrute’. E a prmeira delas você ouve aqui e agora: passando por precipícios e monstros do mar, ‘Lunáutica’ é um som fluido que nos leva pra navegar na lisergia da nova onda, se joga aí:
Agora deixa eu contar outra boa: a Nectarina também toca no nosso Feliz Ano Psicodélico na SIM São Paulo dia 7 de dezembro oh yeah! Aproveitando todo esse rolé, conversei com o Gallo sobre a formação mutante do projeto, referências sonoras, show na SIM e drinks de nectarina pra brindar a chegada de mais um Feliz Ano Psicodélico. Rouba a luneta do barba negra e vem espiar:
Gallo, te conheci durante uma das edições do festival Picnik lá em Brasília em que você tocou com a Blank Tapes, banda californiana encabeçada pelo Matt Adams e acompanhada por formação mutante. Você diria que a experiência de tocar com ele de alguma forma te influenciou a dar esse formato para seu projeto?
Pra falar a verdade nunca tinha pensado nisso, mas faz total sentido que sim. Acho que sempre carregamos as experiências que passamos na vida em tudo que a gente está fazendo ou vai fazer, e a “formação mutante” dos Blank Tapes com certeza deve ter alguma participação na forma fluida que a Nectarina tem. Além disso, sou muito fã da banda, adoro o “jeito pop” que as musicas são compostas e os shows sempre com novidades na formação. É difícil arrumar 3 ou 4 pessoas que estejam sempre dispostas em tempo integral para se dedicar a banda, ainda mais nesses tempos corridos. Então resolvi dar esse tom de realizar parcerias nas composições de cada projeto para criar identidades diferentes nos trabalhos e ao vivo com quem puder, quem vier.
E a proposta sonora da Nectarina é colocar as décadas de 70, 80, 90 e 2000 tudo em um mesmo pomar certo? Em meio à toda essa viagem no tempo, o que você mais andou ouvindo enquanto trabalhava nas faixas do ‘Desfrute’?
Olha, bastante coisa. As composições começaram a nascer no final do ano passado, quando me mudei pra casa onde moro atualmente na vila mariana. Mudamos pra lá com a ideia de ter um pouco mais de espaço e liberdade para ouvir, curtir e fazer música, e sempre que chegava da rua ligava a caixinha de som e colocava alguma coisa. Nesse tempo ouvi bastante Evinha, Rita Lee, The Growlers, Ariel Pink, Babe Rainbow, Catavento, War On Drugs, Raça, Steely Dan, Alessi Brothers, Pepeu Gomes, Stereolab, Drugdealer, Skinshape, Metro e outras coisas 80`s BR, além de umas coisas argentinas como Luca Bocci e El Mató a un Policia Motorizado. Ultimamente tenho ouvido o novo disco do Desert Sessions, o disco homônimo do Roberto Carlos de 1966 e a radio da NET. Sempre rolam pérolas por lá.
Na próxima semana vocês tocam na nossa noite na SIM São Paulo. Em uma palavra, o que podemos esperar desse show?
Frescor.
Pra fechar, uma receita de drink com nectarina pra brindar a chegada de mais um Feliz Ano Psicodélico?
Em uma tarde na fruteira, colha as nectarinas mais machucadas e deixe curtir um pouco na gin tônica. Adicione amor, sexo e substâncias de sua preferência e uma pitada de água do mar. coloque em uma garrafa junto com uma mensagem dizendo o que você quer dizer pro mundo todo e jogue no oceano atlântico. Feito isso, compre uma cerveja na praia e uma porção de peixe frito.
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