Cansei do Mainstream
  • Home
  • Na Vitrola
  • Na Estante
  • Na Película
  • No Passado
  • 1967 em 50 discos
  • 1968 em 50 discos
  • Contato
  • Home
  • Na Vitrola
  • Na Estante
  • Na Película
  • No Passado
  • 1967 em 50 discos
  • 1968 em 50 discos
  • Contato

Cansei do Mainstream

DestaquesNa Vitrola

Milkshakes

escrito porJoyce Guillarducci 31 de maio de 2019
milk_opt

Pega o mochilão e vem passear no ‘Wanderlust’, novo disco da banda alagoana + entrevista.

foto: Lucas Nóbrega

Misture 200ml de indie rock com 2 bolas de sorvete psicodélico, algumas pitadas de garage e dream pop pra dar um brilho. Ah, e morangos, não esqueça dos morangos (strawberry fields forever). Bata tudo no liquidificador. SIRVA GELADO. Essa é a receitinha cremosa para fazer os Milkshakes, banda de Maceió/AL formada por Duda Bertho, Fellipe Pereira, Lucas Mello, Robson Cavalcante e Jõao Lamenha.

Estreando o novíssimo selo alagoano Máquina Voadora, o quinteto acabou de lançar o ‘Wanderlust’, disco quem vem dar sequência ao trabalho começado lá em 2015 com o ‘Technicolor’, e que mistura tudo isso que mencionei para criar uma vibe neo-psicodélica ensolarada que me fez pensar num encontro entre Tame Impala + Temples + Glue Trip (amo).

ouça Wanderlust:

Aproveitando o lançamento, conversei com o Duda e com o Fellipe sobre o novo disco, contato com a Máquina Voadora, influências (tem playlist!!!), cena de Maceió e roteiro dos sonhos para espalhar a palavra dos Milkshakes, confere aqui:

arte da capa por Elizeu Salazar.

arte da capa por Elizeu Salazar.

O ‘Wanderlust’ está sendo lançado pelo novíssimo selo Máquina Voadora. Como rolou esse contato entre vocês?

Fellipe: Rolou naturalmente porque todo mundo é amigo e participa do mesmo rolê. A idéia do Máquina é juntar a galera que já fazia os eventos juntos, que já tocava um nos discos dos outros pra trabalhar junto, cada um somando com o que sabe fazer bem. Dessa forma a gente consegue entregar um material muito melhor pras pessoas.

A idéia é fugir um pouco desse conceito vazio de cena, que as bandas se ajudam por se ajudar, e acaba que ninguém se ajuda de verdade. A gente acredita que devemos trabalhar e nos juntar com as pessoas que a gente ama, que amam nosso trabalho e fazem tudo por amor. Se não tiver verdade nesse processo não tem como dar minimamente certo.

Apesar da atmosfera lisérgica e colorida ainda presente, podemos dizer que o ‘Wanderlust’ é um trabalho mais sóbrio que seu antecessor ‘Technicolor’. O que mudou nesses 4 anos para vocês?

Duda: O Technicolor veio de composições de quando eu ainda era muito novo, de 2012 a 2015, e isso o ajuda a ser mais upbeat e colorido, até pelo contexto estético da Milkshakes no início. Muitas composições de Wanderlust não partiram de uma ideia de ser Milkshakes. Essas músicas vieram num período de dúvida e transição, e as demos foram chegando ao Fellipe e maturando naturalmente e criando uma identidade. Se fala muito em explorar outros lugares, sejam eles físicos ou sonoros, possui alguns moods, e traduz bem essa fase de início de vida adulta, que não existe certo ou errado, mas sim explorar e tentar se encontrar.

a faixa Summer ganhou videoclipe bem nostálgico e buena onda:

Sinto no som de vocês a mesma vibe de nomes queridinhos da neo-psicodelia como Temples e Pond, porém com um temperinho brasileiro. O que vocês citariam como referências sonoras dos Milkshakes?

Fellipe: Apesar do Wanderlust ser claramente um disco Indie e de Rock Psicodélico, durante o processo de gravação eu e Duda estávamos muito pirados em vários discos de R&B e Hip Hop, principalmente o Blond do Frank Ocean, o DAMN do Krendrick Lamar e quase tudo do Tyler the Creator. Isso influenciou bastante em várias decisões estéticas do disco.

Nessa época também comecei a ouvir várias coisas de Lo-fi Hip Hop através do Elizeu (l z u, que também fez a capa do disco) e também redescobri o Pet Sounds dos Beach Boys que foi um ponto de virada total pra esse trabalho, talvez o disco mais importante de referência, pelo menos pra mim.

O resto todo mundo já sabe: Tame impala pra caramba, Homeshake ouvimos até pocar os fones, Bon Iver, DIIV, por aí vai…

ouça playlistinha de influências do disco:

Como anda a cena indie aí em Maceió?

Fellipe: É difícil dizer, porque parece que Maceió ainda respira muito do Hardcore e Punk Rock. Mas acredito que a cena indie esteja crescendo, mesmo que devagar.

Se eu fosse citar alguns nomes, seriam a azul azul, que é uma outra banda minha junto com os meninos do Máquina, tem a Sarah Pinheiro que lançou um Ep muito bom esse ano, chamado ‘Maybe’ e a Elis Coelho, que não lançou nada (ainda) mas estamos produzindo um disco juntos e sairá esse ano também.

Pra fechar: seguindo essa ideia de ‘Wanderlust’, qual seria o roteiro dos sonhos de lugares que vocês gostariam de explorar e espalhar a palavra dos Milkshakes?

Duda: Existem muitos lugares que gostaríamos de conhecer. Eu morei na Austrália por mais de um ano e vi a cena musical de lá de muito perto, mas não cheguei a fazer um show da Milkshakes e acho que isso ficou um pouco preso na minha garganta. Tenho muita vontade de levar essas músicas ao mundo, então num primeiro momento eu gostaria de ver “Wanderlust” chegando nos fones de ouvidos das pessoas ao redor do mundo, e se isso de alguma forma fizer sentido pra elas, será como se estivéssemos em vários lugares ao mesmo tempo. Falando em shows, uma turnê pelo Brasil seria o primeiro passo… depois, quem sabe?

***

Milkshakes was last modified: maio 31st, 2019 by Joyce Guillarducci
BrasilDream PopGarageIndie RockNeo-Psicodelia
0 comentários
4
Facebook Twitter Google + Pinterest
Joyce Guillarducci

Postagem anterior
Antiprisma
Próxima postagem
Wallacy Williams & Os Katastrophes

Você também pode gostar

53530338_opt

Adam Evald

19 de junho de 2017
FACELESS4_opt

Faceless Ones

18 de abril de 2016
CLAYPOOL LENNON_opt

The Claypool Lennon Delirium

23 de maio de 2016
o-bardo-e-o-banjo

O Bardo e o Banjo

13 de abril de 2015
serapicos-3_opt

Esquenta #DCBI – Serapicos (indicação Rádio Minhoca)

7 de dezembro de 2016
Foto por Gabriel Passos (1)_opt

Pedro Salvador

10 de maio de 2018
blve hills 2

Blve Hills

18 de maio de 2015
Twinpines_by_Caio_augusto_04_opt

Twinpine(s)

11 de agosto de 2017
a2575465217_10_opt

Esquenta #DCBI – O Grande Ogro

2 de dezembro de 2016
florcadaver_opt

Florcadáver

12 de julho de 2019

Deixe um comentário Cancelar resposta

SOBRE

Joyce Guillarducci

Sou apaixonada por música, curiosa por natureza e adoro conhecer coisas novas - sem deixar de lado as antiguices do coração. Criei este espaço para compartilhar minhas descobertas com quem também cansou de ouvir sempre as mesmas bandas. Tem muita música boa acontecendo here, there & everywhere. Eu quero mais, cansei do mainstream

Envie seu som pelo Groover!

no Facebook

Facebook

no Spotify


tags

60s 70s 80s Acid Rock Austrália Blues Brasil Canadá Country Dream Pop Electro Pop Eletropop Eletrônica Estados Unidos EUA Experimental Festival Folk Garage Grunge Indie Indie Rock Inglaterra Jazz Lo-Fi MPB Música Música Experimental Neo-Psicodelia New Wave Pop Pop Rock Post-punk Psicodelia Punk Pós-Punk Rock Rock'n Roll Rock Progressivo Shoegaze Stoner Rock Surfadelic Surf Music Synthpop Vaporwave
  • Facebook
  • Instagram
  • Youtube
  • Email

@2016 - Cansei do Mainstream


Voltar ao topo