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YPU

escrito porJoyce Guillarducci 4 de dezembro de 2018
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Conheça as experimentações sonoras e visuais da dupla + entrevista.

YPU significa “barulho de rio” em tupi-guarani. Esse também é o nome do projeto de Ayla Gresta e Gustavo Halfeld, concebido durante as gravações do longa ‘Ainda temos a imensidão da noite’ de Gustavo Galvão em Brasília e na Alemanha, onde a dupla protagonizou a banda fictícia Animal Interior. De volta à realidade e inspirados pelo fato da banda de mentirinha ter sido produzida apenas por Lee Ranaldo do Sonic Youth, Ayla e Gustavo decidiram seguir com suas experimentações, que já podem ser conferidas num auto-inttulado EP lançado esse ano em parecria com o selo brasiiense Quadrado Mágico.

ouça YPU:

Conheci a dupla durante o festival Picnik em Brasília há alguns meses. Na ocasião eles preencheriam um gap do line, mas por alguns atrasinhos (que festival nunca né) acabaram não se apresentando. Atraída principalmente pela estética do projeto, tenho desde então acompanhdo o trabalho deles e ficado cada vez mais ansiosa por um show. E daí que os céus me ouviram e ainda me jogaram no meio do rolé: no próximo sábado a YPU toca aqui em São Paulo ao lado de BIKE e Mescalines na Noite Quadrado Mágico da SIM SP numa festa que promete experiências sensoriais, quitetutes mágicos, discoteca do Cansei e várias outras ondas.

Aproveitando este momento e o lançamento do videoclipe de ‘nuestras mãos’ em parceria com o mexicano Cesar Saez, conversei com a YPU sobre a experiência de estar num filme, referências musicais, rolé em SP (já adianto que segundo eles vai ter tunts tunts heim), quadrdos mágicos e outras coisas, confiram nosso papo aqui:

eu amo muito essa make criada pela Talita Sá <3

eu amo muito essa make criada pela Talita Sá <3

Contem pra gente o que teve de melhor e de pior em todo esse rolé de fazer a Animal Interior e das gravações do ‘Ainda Temos a Imensidão da Noite‘ na Alemanha.

Ayla: Viver a Karen foi uma oportunidade de manifestar impulsos de criação que eu estava guardando há muitos anos. A persistência e agressividade dela em defender sua arte agora são minhas, que presente! Entrar numa banda por esse viés do cinema, sem nunca ter sido da cena de rock gerou conflitos mas também uma combinação inesperada tanto pra Animal Interior como pra Ypu.

Gustavo: O filme me trouxe de volta pro lado de quem toca música. Tivemos que montar a Animal Interior e eu não tive escolha, depois de uns anos produzindo outras bandas, voltei a tocar guitarra e a compor ativamente. Atuar também é um exercício de presença e sensibilidade, e nesse processo acabei abrindo caminho pra fluxos de energia que estavam bloqueados dentro de mim pro melhor e pro pior – aprendi a demonstrar mais raiva e frustração – durante e depois do filme acabei vivendo dilemas e situações do meu personagem Artur, como cair de bêbado em Kreuzberg, não achar o caminho de casa e me sentir completamente perdido. Tá no estúdio com o Lee também foi muito importante pra mim como produtor musical e acabou me jogando de cabeça no ruído, que repercutiu na Ypu.

Gustavo Galvão, Gustavo Halfeld e Lee Ranaldo durante gravação da trilha do filme.

Gustavo Galvão, Gustavo Halfeld e Lee Ranaldo durante gravação da trilha do filme.

Gustavo Galvão, Gustavo Halfeld e Lee Ranaldo durante gravação da trilha do filme.

Gosto muito da fusão de estilos e elementos da música de vocês – ouvindo o EP dá pra sentir de dream pop a pontinhas de jazz e diversas outras ondas. Quem/o quê vocês citariam como referências sonoras da YPU?

Cada música que a gente fez veio de uma experiência, como caminhar com chaves nas mãos, e a gente conversa sobre sensações e daí sai, por exemplo, o ritmo de ‘nuestras mãos’, que o Ramiro criou com a bagagem eletrônica dele. Mas isso já vincula a uma experiência musical do passado de cada um, talvez os hiphops e jazz da minha adolescência. Quando o Gustavo veio com as linhas de guitarra, ele trouxe uma paisagem ampla, como estar solto num deserto, que talvez venha das sensações musicais vinculadas a clássicos western e ao Tarantino.

Hoje vocês estão lançando o videoclipe de ‘nuestras mãos’, que é uma versão de ‘Song to Let Go’ em parceria com o mexicano Cesar Saez. Como foi essa collab?

O Leonardo Vinhas organizou a coletânea Conexão Latina do Scream&Yell com essa proposta de unir músicos de diversos países da américa latina e fundir essas raízes. Ele achou que ia dar caldo com o Cesar, que explora também muitas atmosferas e nuances do seu trabalho solo, mas como eu tem a base no rock, tocando em bandas como Wallburds. O lance foi bem fluido, trocamos uns rascunhos, fizemos um skype e a conexão foi boa mesmo. Mostrei os acordes pro Cesar e ele foi pro estúdio Downtown Rehearsals com o Steve Mungarro. Lá eles gravaram violão, uns synths moog e as camadas de voz lindas que acabaram guiando a música. Foi surpreendente receber as trilhas e ver que o som bateu nele e voltou com outra ótica. Nossa amiga cineasta Marina Novelli tava passando uns dias aqui em casa, curtiu o som e quis fazer o clipe nessa mesma vibe intuitiva, e a conexão se estendeu pro vídeo: Sandra Cardenas fez as cenas do Cesar em Los Angeles que se juntaram naturalmente às nossas feitas aqui na Casacájá.

confira nuestras mãos:

E depois desse lançamento, podemos esperar mais canções da YPU em português e espanhol?

Sim! Desde o início rolou um dilema sobre o idioma. Como compusemos as primeiras faixas fora do Brasil, foi natural lançar elas em inglês, como reflexo da vivência longe daqui. Mesmo assim a song to let go já tinha uma versão em português, e o coro de minas cantando “palmas suspensas aos lados, abertas, ainda são nossas mãos” já tinha sido gravado antes do primeiro EP, mas não vimos espaço pra ele naquela época (se reparar ele surge fragmentado em Song to let go no início e fim). Foi importante fazer essa música, com ela acabamos participando do Festival Parque Sucupira de Música Brasileira e ganhamos o terceiro lugar! Foi um momento de validação importante pra gente se entender como parte da música brasileira, mesmo com essa linhagem desafiadora de composições maravilhosas que precedem nossa geração, sempre há espaço para criar.

Esse ano vocês também participaram do EP ‘Plano sequência Vol. 1′  de João Pedreira com a faixa ‘Vendaval’, que é uma composição dele somada à ótica de vocês. Nos falem um pouco sobre esse trabalho a seis mãos (ou mais?).

O João veio com essa proposta de gravar um EP arranjado em parceria com as bandas Aiure, Transquarto e Ypu, integrando a produção do Pedro Albuquerque, que fez o Água na Peneira, seu disco de estreia, a minha com bagagem de gravação ao vivo, do Thiago Kapassa, Casacájá e Selo Fubá. Foram muitas mãos na verdade! Acabamos chegando numa ideia de EP visual, fotografado de forma incrível pela Nina Quintana e registrado em vídeo. Foi um fim de semana de imersão na Casacájá, comendo juntos, dando entrevistas no quintal, escutando as outras bandas gravarem, todo mundo sentindo o tanto que vale a pena o esforço de se aceitar o outro com sua experiência para criar algo potente juntos.

confira a parceria com João Pedreira:

Tanto o vídeo de ‘Vendaval’ quanto a session de ‘Song to Let Go’ (lindona!) foram gravadas na Casacájá, que é a casa de vocês mas também funciona como uma espécie de centro cultural, é isso?

A gente chama de coletivo artístico, não temos interesse em definir. Moramos aqui, cuidamos da horta, das catioras e pássaros, fazemos música. Aqui é onde incubamos a Animal Interior, lançamos a Ypu, o disco Desafogo do Paulo Chaves, gravamos vocais do Trilhas do Sol da Joe Silhueta, Cantigas Boleráveis, Aiure, Natália Carreira. Acabamos de gravar aqui o Yonatan Gat, que tá em turnê na América do Sul e caiu aqui pra experimentar com o compositor Ian da tribo Wapichana, cujos parentes resistem no Santuário dos Pajés no meio da especulação imobiliária de Brasília. Se der tudo certo o material vai sair em EP pelo Quadrado Mágico. Cada experiência nos ensina sobre a vocação da casa para receber projetos e da nossa própria disposição em deixar nossas vidas serem permeadas por acontecimentos inesperados.

fico hipnotizada toda vez que vejo essa session <3

No próximo dia 8 vocês tocam na Noite Quadrado Mágico na SIM SP – tô super ansiosa! É a primeira vez da YPU em SP? O que podemos esperar desse show?

É nossa primeira vez em São Paulo, terceira fora de Brasília desde o lançamento. Tocamos no Festival Vaca Amarela em Goiânia e na chapada diamantina num retiro de yoga e meditação. A gente tá ansioso também pra ver como nossas ondas vão repercutir ai! Vamos com a galera que se uniu a gente pra sustentar o live – Ramiro Galas nas bases eletrônicas, Dinho Lacerda nos beats e percussões e Iuri Gules no baixo. Pode esperar um bocado de viagem e mais pista, porque estamos lombrando no tunts tunts desde que lançamos o EP.

será que teremos trompete + tunts tunts? quem vier verá!

será que teremos trompete + tunts tunts? quem vier verá!

Pra fechar, um músico do mundo com quem vocês gostariam de compartilhar um quadrado mágico?

Um é difícil, bora dividir? Ia ser doido curtir uma viagem com a galera do Cymande aqui da Casacajá, e no outro quartinho, com a Emahoy Tsegué-Maryam Guèbrou passando uma tarde inteira deitados debaixo do piano dela.

***

Quem mais gostaria de dividir um quadrado mágico com esse dois aí levanta a mão! Pois nos vemos no sábado então. Enquanto isso vai esquentando a cabecinha com nossa playlist de lançamentos psicodélicos do ano que tem YPU, BIKE, Mescalines e várias outras brisas. Boa viagem 🛸

ouça Feliz Ano Psicodélico II:

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YPU was last modified: dezembro 4th, 2018 by Joyce Guillarducci
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