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My Magical Glowing Lens

escrito porJoyce Guillarducci 29 de novembro de 2018
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Preparar abdução: a nave MMGL vem para a SIM SP! Confira entrevista + playlist de influências.

foto: Victória Dessaune.

Lembro que viajei total na maionese desde a primeira vez que adentrei o portal para ‘Cosmos’ lá no saudoso ano de 2017. Na época não estava familiarizada com a My Magical Glowing Lens e que inspirador foi descobrir que o disco e o projeto eram frutos da mente inquieta e trabalho duro da capixaba Gabriela Deptulski.

Graduada e mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Deptulski é hoje uma das mulheres mais ativas da nossa cena contemporânea, dentro e fora do palco. Além de liderar vocais e guitarras na MMGL, ela compõe, arranja, grava, mixa, masteriza, produz, ministra oficinas musicais para mulheres e sei lá mais o quê.

Em ‘Cosmos’, ela nos convida a explorar um universo místico e colorido, divagando sobre questões internas e externas através do flerte com a neo e com a velha psicodelia, com o dream pop e várias outras ondas. Todo esse trabalho e a mensagem da música fizeram muito mais sentido pra mim quando vi a banda ao vivo. Epifania, meditação, Deptulski descalça (para se conectar com a música, com o público, consigo mesma?), calmaria e caos – esses são alguns dos elementos que podemos esperar de um show da MMGL. E cara, eu recomendo. Pra quem ainda não viu, ou viu e quer repetir a dose, aí vai a boa: na próxima semana a nave aterrissa por aqui com tripulação completa para a Noite Capixaba da SIM SP.

Aproveitando a expedição, conversei com a comandante Deptulski sobre a reverberação do ‘Cosmos’ universo afora, colab com a Antiprisma, videoclipe que está a caminho, cena capixaba e até dimensões extras acessadas através da música. Também tem playlist com influências ali no final, confere aí que esse papo tá doido:

foto por Música Tem Vídeo no Breve/SP.

foto por Música Tem Vídeo no Breve/SP.

Gabi, mais de um ano depois de seu lançamento, o ‘Cosmos’ continua sendo uma das obras mais relevantes da nossa nova cena psicodélica, e segue sua trajetória ao infinito e além – vi inclusive que recentemente a faixa ‘Sideral’ foi utilizada numa discussão sobre temas relacionados à evolução das estrelas e buracos negros numa aula de física, isso foi muito irado. Como você se sente vendo seu trabalho reverberando por aí e atingindo universos tão distintos?

Ei Joyce! Gostaria de fazer algo que fosse relevante para muito além da cena psicodélica. Queria fazer um tipo de som que qualquer pessoa conseguisse entender e sentir. É um sonho isso, eu sei, mas eu gosto de sonhar… Eu penso que eu gostaria de expandir todas as barreiras da cena numa só música! São muitos sentimentos… Mas eu não esperava isso não, tanto reconhecimento… gente elogiando muito, vindo falar comigo cada coisa bonita… Isso eu não esperava mesmo.

E sobre isso da universidade, foi chocante receber essa mensagem desse Professor de Fìsica do IFSP, o Emerson Gomes, porque eu gosto muito de Física, pesquisei muito sobre Física Quântica em meu mestrado e “Sideral” (a música que ele escolheu para a pesquisa) fala sobre a relação humano versus infinitude e sobre a queda da racionalidade tradicional à partir da possibilidade de infinitude do universo. Então foi uma surpresa muito muito agradável e conveniente!

Inclusive tenho uma teoria que gostaria desenvolver no doutorado, para explicar a possibilidade de uma realidade espacial multidimensional acessada através da música. Eu gosto muito de estudar. Eu intuo que, se há realmente uma dimensão extra, que existe para além das “franjas” do universo, a música é capaz de deduzi-la. Os nossos olhos, por exemplo, deduzem uma terceira dimensão olhando para fotos e gravuras; eles fazem isso mesmo olhando para a realidade concreta. Minha teoria é que nosso senso auditivo seja capaz de deduzir essa dimensão que existe para além da possível dobra do universo. Intuo que, com a música, consigamos acessar de maneira virtual essa dimensão (ou então, que consigamos acessá-la de maneira concreta mesmo, pois, já que não conhecemos a natureza dessa dimensão, talvez sejamos capazes de acessá-la permanentemente sem saber identificar isso. As ondas sonoras, o comportamento delas é misterioso, a nossa percepção auditiva parece ter embutida consigo uma dimensão extra, que possibilita a criação de uma uma dimensão além, só que real e concreta, que interfere nas nossas vidas e talvez nos guie mais do que aquilo que a gente vê de fato.

ouça ‘Cosmos':

Os trabalhos com o ‘Cosmos’ também continuam para você e tem videoclipe novo vindo aí, certo?

Sim! Somos de uma seita chamada Space Woods, na qual Mirela Morgant e Gustavo Senna são os líderes espirituais (eles são da Chaleira Filmes e Expurgação Filmes, respectivamente). Eu poderia escrever um livro pra contar sobre as gravações desse vídeo… Foram muitas aventuras… Muito aprendizado! A gente viajou de carro pra um lugar muito específico num estado do Brasil, pra conseguir fazer umas cenas muito específicas que a gente tinha idealizado. Mas não posso falar muito sobre isso, é o pacto da seita! Só posso dizer que quem nos rege é a Deusa Hekate! 😡

enquanto o ‘Space Woods’ não vem vamos de ‘Raio de Sol':

Esse ano você fez uma participação tocando guitarra no single “Fogo mais Fogo” da Antiprisma. Conta como rolou esse contato entre vocês.

Eu os conheci no lançamento do Cosmos no CCSP. Eles são muito talentosos! E pessoas lindas. Me interesso pelas afinações que a Elisa inventa na guitarra e pelo Victor usar a viola tocada dum jeito original. Eu gravei tocando junto com a Elisa: eles me levaram pra um estúdio em algum lugar em SP e, com a própria plaquinha de áudio deles, capturaram o som da minha guita. Daí eu penso “essa galera não tá de brincadeira, tão querendo mesmo fazer música”. Gravam eles mesmos, são incríveis demais! Tocar com a Elisa foi incrível! Ela é uma guitarrista incrível, me guiou ao mapear a música, fui seguindo-a com minha guitarra, pingando um pouco de cremosidade àquelas palavras duras que eu sabia sobre o que a música dizia.

confira videoclipe de ‘Fogo Mais Fogo’ dirigido e fotografado por Elisa Moreira Oieno:

Além de compor, arranjar, gravar, mixar, masterizar, produzir (ufa!) você também ministra oficinas de guitarras e pedais para mulheres. Que conselhos você dá para mulheres interessadas em ingressar no mercado musical, principalmente nos papéis mais técnicos?

Estude muito e faça você mesma! Se dedique ao que você gosta, pesquise, leia, veja vídeos no youtube, pergunte prxs amigxs. Foca na parada que você curte e segue fundo. Não ouça os outros quando eles tentarem te colocarem pra baixo. Aprenda a perceber quando as críticas são construtivas ou quando elas apenas tentam te prejudicar e enfraquecer. Vá fundo na jornada infinita do seu ser, acreditando em si mesma e nas suas ideias e, principalmente, concretize suas ideias! Não deixe que ninguém tóxico te impeça de conquistar aquilo que você almeja.

No próximo dia 8 você toca na Noite Capixaba da SIM SP, que trará mais 5 nomes da nova safra de bandas do Espírito Santo, acho muito legal esse intercâmbio. Como anda a cena por aí?

Tá rolando muita coisa, Melanina MC’s e Solveris ando ouvindo muito (talvez demais, rs). Melanina MC’s de Vitória lançou um vídeo-single pelo Setor Proibído há alguns dias e tá MUITO absurdo! Solveris de Vila Velha lançou um disco, Vida Clássica, gravado, mixado e masterizado pelo Ricardo Vieira, de Colatina, minha cidade!, um cara que me impressiona desde o We Are Pirates e agora não foi diferente. Em breve teremos o single da Gavi gravado por ele também. Nossa, tem tanta coisa, vários singles bombásticos, discos fodas da Auri, Gavi, Gabi Brown, Dan Abranches, Budah, Gordon, Preta, Preta Roots, Ana Muller, André rando. E tem um lançamento muito esperado, o disco d’As Alquimistas! E eu ainda quero ver as composições da Alice Pedrosa gravadas, pois ela é muito talentosa!

Noite Capixaba | SIM São Paulo

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Última: destino dos sonhos para a nave MMGL em 2019?

Continuar expandindo os horizontes, entendo cada vez mais como sou pequena e perceber com maior facilidade que o conhecimento é uma crescente eterna e sem fim. Destino concreto: MMGL Tour Latinoamérica 2019! Será que consigo? Tomara! :)

***

Voa Gabi, estaremos torcendo por você! Pra finalizar, ela montou uma playlist com suas influências do momento, e tá tão diversa que só me deixou mais ansiosa para um próximo disco da My Magical Glowing Lens – estou pronta, pode mandar ?✨

My Magical Glowing Lens was last modified: novembro 29th, 2018 by Joyce Guillarducci
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SOBRE

Joyce Guillarducci

Sou apaixonada por música, curiosa por natureza e adoro conhecer coisas novas - sem deixar de lado as antiguices do coração. Criei este espaço para compartilhar minhas descobertas com quem também cansou de ouvir sempre as mesmas bandas. Tem muita música boa acontecendo here, there & everywhere. Eu quero mais, cansei do mainstream

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