De indie rock a garage fuzz, confira a alquimia do trio carioca + entrevista.
foto: Marcus Sabah
Hey você que curte uma novidade com cheiro de coisa velha: se é rock fresquinho com pitadas de garage, fuzz e sunshine pop dos 60s & 70s que você tá querendo, então parabéns, há grandes chances de os Pretty Babies se tornarem sua nova banda favorita!
Formado por Gabriel Galled (vocais), Pedro Domicio (guitarra) e Lucas Leão (bateria), o trio carioca debutou a pouco tempo, mas já chegou com uma química e energia que a gente não vê toda hora, e que por enquanto podem ser conferidas nos singles ‘Cigarettes’ e ‘Northern Lights’ e também nos showzitos que já pintaram duas vezes aqui por SP.
Um deles rolou na última sexta-feira no Z Carniceria e contou com o peso do mago das quatro cordas Paulo Emmery (Beach Combers, Auramental) e participação especial de Marcelo Gross mandando um The Who. Considerando que este foi apenas o 6º show dos Pretty Babies, achei o trio bastante confiante e entrosado no palco e o show deles foi o mais dançante dos 7 (!) que vi no final de semana (nota: quero Pretty Babies nas festas do Cansei).
Depois do show conversei com o Pedro e o Gabriel sobre influências, o disco que está a caminho, mods vs rockers e com quem eles gostariam de compartilhar um pink cigarette, confiram nosso papo aqui:
Ouvindo os singles ‘Cigarettes’ e ‘Northern Lights’ dá pra sentir diversas ondas, de garage rock a indie 2000. No show ao vivo também rolou uma coisa meio Led Zeppelin e tal. Vocês têm algum nome para o estilo de música da Pretty Babies?
Gabriel: Temos, chama “Pete, Gabe & Leão numa sexta a noite no Alice Bar”.
Pedro: Esse é o nome do gênero, joga lá no Spotify.
Gabriel: Falando sério agora, acho que não temos um gênero. A gente gosta de muita coisa recente e muita coisa velha, de Led Zepellin e Black Sabbath, e nosso som acaba sendo um mix disso. Também sou muito fã de melodias, das harmonias dos Beatles, e tudo isso acaba influenciando o som da Pretty Babies.
O que é Beatles?
Pedro: é o contrário de Bee Gees.
E vocês estão gravando um disco né? O que podem contar sobre ele?
Pedro: Imagine várias sextas a noite bebendo vinho…
Gabriel: O disco já tá gravado, ainda não tem nome oficial, mas tá sendo uma puta diversão e deve sair em novembro.
Qual drink vocês recomendariam pra acompanhar a primeira audição desse disco?
Gabriel: Qualquer drink que você queira no momento, um Jack & Coke ou uma Gin Tônca. Agora se você quiser um Pete & Gabe é outra história…
Pedro: Tem um drink no Alice Bar que chama “Alice Arretado” que é rosinha, acho que seria esse.
ouça Pete, Gabe & Leão no Spotify:
E se vocês fossem criar um pretty drink como seria?
Gabriel: uísque barato com guaraná Jesus e água com gás.
Além da música o que chama bastante atenção é o estilo de vocês, estão sempre muito bem vestidos. Nos falem sobre as referências estéticas da Pretty Babies.
Gabriel: a gente cresceu vendo Tony Iommi que no palco tem uma figura de estátua e que faz tremer todo mundo que tá na frente dele, e é um cara na beca. Poderia citar o Rony Wood e o Keith Richards também. No primeiro ensaio fotográfico da Pretty Babes usamos camisas da Salty que é uma marca muito legal da noiva do Pedro e tem tudo a ver com a gente. Mas enfim, a estética nem entra em pauta na banda, é algo que simplesmente acontece.
Seguindo esse assunto de estilo quero saber de vocês: mods ou rockers?
Gabriel: depende do dia, se é sexta-feira você fica mais rocker, pega uma motinha, fica bêbado. Agora no sábado você acorda mais tarde, de ressaca, coloca um casaquinho pra tomar um café na padaria, mais mod mesmo.
Pedro: eu sou rocker, mas meus melhores amigos são mods então tô numa situação complicada, mas acho que eles gostam de mim.
Vocês estrearam ao vivo recentemente mas estão num ritmo até que intenso, 2ª vez aqui em São Paulo já. Queria saber se já tem alguma história peculiar de shows pra contar.
Pedro: olha, esse foi nosso 6º show, ainda não rolou muita coisa, mas posso contar uma históra peculiar da gravação do nosso último single “Northern Lights”. Ficamos no estúdio a madrugada inteira tentando gravar e não saia. A gente pegava o carro, ia comprar vinho, voltava e não saia o solo da música. Deu 6 da manhã eu tentei a última vez e desisti. Estávamos na porta do estúdio já indo embora quando olhei pra guitarra e falei “é agora”! Gravamos bêbados e só ouvimos no dia seguinte e tinha ficado foda, virou a gravação oficial. Detalhe que dá pra ouvir um gritinho na música de uma hora que a correia da guitarra tinha caído.
Última: com qual personalidade da música vocês gostariam de compartilhar um pink cigarette?
Gabriel: queria muito compartilhar um pink pop cigarette com o Jack White.
Pedro: eu ia falar o Josh Homme, mas acho que os dois… Josh White. Aliás Josh White seria um nome bem maneiro pra uma música da Pretty Babies né?
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