Atenção shoegazers: o EP de estreia do quarteto paulista vem aí. Saiba mais sobre o ‘If I See You Again’ + entrevista.
A Early Morning Sky é uma banda bem novinha, nasceu em Junho do ano passado aqui em SP após a indicação de um amigo comum, algumas horas de conversa sobre o cenário alternativo e um show do Slowdive. Aliás a influência de Rachel Goswell & companhia é presença marcante na sonoridade que G.Alves (voz / guitarra), Gilbert Spaceh (guitarra), Xixo Sere (baixo) e Mauro Terra (bateria) têm feito.
As nuances de shoegaze, noise pop e outras ondas podem ser conferidas na elogiadíssima versão de ‘Femme Fatale’ que o quarteto fez para nossa coletânea “O Verão do Amor”, e também no single ‘If I See You Again’ que aparece na coletânea “Fuzzy Feelings” do The Blog That Celebrates It Self (TBTCI) e que estará no EP de estreia da banda, que sai sexta-feira pela midsummer madness e já tem nome, capa e mais importante: festa de lançamento ?
Pois é, no próximo sábado estaremos celebrando o nascimento do ‘If I See You Again’ com muito fuzz, barulinhos e alegria lá na Casa do Mancha (+infos aqui). Conversei com a banda sobre inspirações, novo EP, show na casinha e trilhas sonoras de filmes, confiram nosso papo aqui:
O primeiro single lançado leva o nome do EP – ‘If I See You Again’ e traz falas do filme Vivre sa Vie de Jean-Luc Godard. Vocês diriam que o cinema é uma fonte de inspiração constante para a música da Early Morning Sky?
Gerson: Sim, a música este diretamente ligada as demais manifestações de arte e se realizada por meio de uma grande variedade de linguagens. A sequência utilizada na introdução de “If I See You Again” faz parte da famosa “Cena do Café”, um grande dialogo sobre os problemas do cotidiano e as crises existenciais, tema constante em nossas canções.
Ouça ‘If I See You Again':
E o EP sairá pela midsummer madness, como rolou esse contato?
Gerson, Tivemos algumas indicações e propostas de alguns selos e gravadoras, porém ao surgir a oportunidade junto o Midsummer Madness não tivemos dúvida.
O Midsummer é um dos principais selos para a música independente brasileira, com diversas bandas muito queridas. Além do mais, o Rodrigo Lariú é uma pessoal especial, muito simpático e cordial. Tivemos um ótimo alinhamento para a parceria e isso fez toda a diferença.
Reconhecem essa carinha da capa?
No ano passado vocês participaram da nossa coletânea ‘O Verão do Amor’ fazendo uma versão lo-fi de Femme Fatale que ficou sensacional e virou uma das faixas mais queridas e tocadas da coletânea – no Spotify ela já ultrapassou os 1.000 plays! Contem como foi a escolha da música, e se podemos esperar pitadas de Velvet Underground no EP.
Gerson: Velvet é uma influência constante em nossas canções, não só na sonoridade e nos temas abordados mas tb na força para inovar e criar novas maneiras de nos comunicar com o público. Femme Fatale é uma música linda cantada pela Nico, a idéia foi descontrui-la, criando uma canção com nossa sonoridade e estilo porém mantendo a beleza da canção. Queriamos que ao ouvir a música ela continuasse a soar como “Femme Fatale” e ao mesmo tempo fosse possível saber que nós estávamos tocando.
Um ponto especial para todos nós foi a participação na coletânea, com diversas bandas muito legais e a cada canção é possível uma surpresa diferente, com ótimas releituras de músicas que gostamos muito.
Ouça ‘Femme Fatale':
No próximo dia 14 vai rolar o lançamento do ‘If I See You Again’ na Casa do Mancha. Resumam em uma palavra o que a galera pode esperar desse show.
Mauro: Fuckingreat!
Pra fechar: se vocês fossem imaginar o ‘If I See You Again’ como trilha sonora de um filme, qual filme seria?
Gilbert: Adoraríamos receber uma ligação de Sophia Copolla pedindo uma música *rs, seus filmes possuem ótimas trilhas sonoras. Lost in Translation tem uma trilha sonora bem legal de bandas que gostamos como My Bloody Valentine, Jesus and Mary Chain e Kevin Shields.