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Os Estilhaços

escrito porJoyce Guillarducci 2 de abril de 2018
OsEstilhaços02_opt

Fuzz e psicodelia da cena garageira da zona leste de São Paulo + entrevista.

Imagine-se adentrando os fundos de uma loja de discos na Nova York dos anos 60 e sendo imediatamente absorvido pela combinação hipnótica de um órgão insistente com uma explosão de fuzz. Pois foi exatamente a sensação que tive ao ver Os Estilhaços pela primeira vez, só que ao invés de NYC e dos sixties, foi na Zona Leste de São Paulo no ano passado, na festa A Idade Da Terra em Transe que acontece nos fundos do videoclube Charada (contei sobre a festa aqui).

Formada por Alexandre Xéu (bateria), Caio Sergio (guitarra), Cristina Alves (órgão) e Paulo Nobre (baixo), a banda já tem alguns anos de garagem e estrada. Evocando todas aquelas influências psicodélicas e garageiras que a gente ama – de Ronnie Von a Electric Prunes, Os Estilhaços fazem um som com energia e lisergia em doses certas, que pode ser conferido nos singles gravados de forma analógica, e também nos shows ao vivo – que recomendo BASTANTE e já deixo a dica do próximo, que será dia 14 de Abril na Casa do Mancha na festa de um certo blog aí – mais informações no evento 😉

Conversei com a banda sobre planos futuros, música atual, cena garageira da ZL e outras coisas, confiram o papo aqui:

Como andam os planos d’Os Estilhaços? Vocês pretendem lançar um álbum ou algo assim em breve?

A gente tem este plano do álbum há algum tempo já e as músicas estão praticamente prontas. Como gostamos de gravar no rolo, esquema analógico, e não é qualquer um que faz este tipo de trabalho, estamos esperando nosso amigo Jonas Morbach (que foi quem já gravou nossos quatro sons que estão na internet) voltar de uma temporada nos EUA para gravarmos mais umas 8, 10 músicas e então fechar como álbum completo.

Ouça Os Estilhaços no Soundcloud:

No ano passado vocês participaram da nossa coletânea ‘O Verão do Amor’ com uma versão incrível de Pipe Dream dos Blues Magoos, que foi compartilhada pela própria banda. Fiquei muito feliz e surpresa em descobrir que os nova-iorquinos estavam de volta à ativa, sabendo das dificuldades de se manter uma banda que está fora do mainstream por tantos anos e tal. Como artistas independentes, como vocês enxergam o cenário atual da música no Brasil e no mundo?

Obviamente também ficamos muito felizes de o Blues Magoos ter compartilhado nossa versão de Pipe Dream. E o mais engraçado é que não foi a primeira vez que isso aconteceu. Há uns anos, atrás a gente tocava uma música do Ted and His Patches nos shows e colocamos um vídeo no Youtube. Stephen Marley, o baterista da banda também compartilhou o vídeo, dizendo que era impressionante que tantos anos depois alguém tocasse a música que ele gravou em 1967. Como artistas independentes, não temos dúvida nenhuma de que a internet, por exemplo, ajuda muito a divulgarmos nosso som, mas ainda continua sendo um “trabalho de formiguinha” sabe, contando muito com o apoio de amigos que curtem nosso som. Acreditamos que em todo lugar as dificuldades para músicos independentes sejam bem parecidas, mas especialmente aqui no Brasil, talvez seja um pouco mais complicado, pois falta espaço (mais locais que deem oportunidade para bandas autorais tocarem), falta apoio da mídia (por isso que o trabalho como você faz com o Cansei do Mainstream é tão importante!), e falta até uma consciência maior do público, a estar disposto a ouvir coisas novas, diferentes daquilo que já está comercialmente consolidado.

Segura essa explosão de Blues Magoos aí ! (aproveita e segue a banda no Spotify):

Assim como o Bronx sessentista dos Blues Magoos, a zona leste de São Paulo tem se revelado um grande berço da cena garageira. Quais bandas daí vocês indicam para nós?

Na verdade, não é de hoje que a zona leste tem essa tradição em formar bandas garageiras… Isso vem desde o final dos anos 90, início dos 2000, com o pessoal do Fuzzfaces e dos Skywalkers, passando pelos Transistors e Haxixins (banda na qual o Caio, nosso guitarrista/vocalista chegou a tocar baixo) e hoje em dia, além de nós, tem o pessoal dos Tulipas Negras, Os Subterrâneos, Os Longes… Isso para citar as bandas com essa pegada mais garage mesmo, mas há várias outras bandas como o Modulares, Os Artefactos e Os Fractais, por exemplo, que têm os 60s como influência, mas com outras sonoridades.

Os Subterrâneos foi outra banda que me deixou impactada lá na A Idade Da Terra em Transe:

No próximo dia 14 vai rolar show na Casa do Mancha. Resumam em uma palavra o que a galera pode esperar desse show.

Só uma palavra? Que difícil! … rsrsr Acho que a galera pode esperar um show com energia, com muito fuzz e psicodelia, que é o que sabemos fazer…

Última pergunta: se vocês pudessem viajar no tempo e abrir o show de qualquer banda nos anos 60, que show seria?

Para responder a esta pergunta, poderíamos ter ficado horas pensando, até tentar chegar num consenso entre todas as bandas favoritas de cada integrante. Mas certamente uma das que é unanimidade para todos nós, é o Music Machine. Abrir para eles seria algo acima de qualquer expectativa. A gente terminaria nosso show e iríamos correndo assistir a “aula” dos caras no palco…

***

E aí, curtiram? Então não deixem de conferir a banda mandando ver dia 14 heim? Por aqui ficamos com a aulinha dos americanos da Music Machine pra entrar no clima:

Os Estilhaços was last modified: abril 2nd, 2018 by Joyce Guillarducci
BrasilGaragePsicodelia
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SOBRE

Joyce Guillarducci

Sou apaixonada por música, curiosa por natureza e adoro conhecer coisas novas - sem deixar de lado as antiguices do coração. Criei este espaço para compartilhar minhas descobertas com quem também cansou de ouvir sempre as mesmas bandas. Tem muita música boa acontecendo here, there & everywhere. Eu quero mais, cansei do mainstream

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