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Radio Moscow

escrito porJoyce Guillarducci 19 de março de 2018
Radio Moscow foto oficial (1)_opt

Trio americano se prepara para trazer seu heavy blues para terras brasileiras. Saiba mais sobre a turnê “New Beginnings” + entrevista.

Amantes de psicodelias, heavy blueseiras & afins preparem-se: direto de Iowa, o power trio Radio Moscow vem aí! De cordas e baquetas afiadíssimas, Parker Griggs (guitarra/vocais), Anthony Meier (baixo) e Paul Marrone (bateria) chegam no final do mês trazendo novidades do “New Beginnings” (2017-Century Media), quinto disco dos americanos que está sendo lançado por aqui pela Abraxas.

De química absurda e temperadasso de guitarras à la Hendrix, as 10 faixas desse disco veem apresentar o primeiro trabalho da banda fora da Alive Naturalsound Records, gravadora onde estiveram por 10 anos – ouvindo o “New Beginnings” percebe-se que o frontman e membro fundador Parker & tchurma aprenderam muito bem a trilhar seu caminho mesmo sem a tutela de Dan Auerbach (Black Keys), que havia produzido-os lá no comecinho da carreira. Ouvi dizer, no entanto, que o negócio pega mesmo é ao vivo, então já deixei o dia 29 de Março bem reservadinho pra vê-los aqui em São Paulo junto com Quarto Ácido e Aura – mais infos no evento, ali embaixo também tem cartaz com as datas das demais cidades por onde o trio passará.

Conversei com o baterista Paul Marrone sobre novidades desse disco, faixas favoritas, roubo de músicas do passado e outras coisinhas (que podem ou não incluir menções a substâncias psicotrópicas). Confiram nosso papo aqui:

“New Beginnings” é o primeiro trabalho da banda com a Century Media Records. Qual característica dele vocês diriam que é totalmente diferente dos seus álbuns anteriores?

Paul Marrone: Bem, tem muita coisa nova nesse álbum, mas vou citar 3 destaques: Primeiro, para mim, ele tem um som mais obscuro e mais pesado, muitas das canções têm uma abordagem mais progressiva e experimental, mantendo a linha do heavy blues psicodélico que é a marca da Radio Moscow. Em segundo lugar, a maior parte das composições é do Parker, assim como nos trabalhos anteriores, mas o disco traz também colaborações de nós 3 em conjunto e inclui uma música que eu escrevi: “No One Know’s Where They’ve Been”. Para o ouvinte isso talvez não fique muito visível, mas para nós é algo novo que temos curtido muito. Por último, acredito que este seja o primeiro disco da Radio Moscow a apresentar guitarra de 12 cordas e piano elétrico.

Ouça o New Beginnings:

“No One Know’s Where They’ve Been” é provavelmente minha faixa favorita do álbum, adoro a pegada da guitarra e tudo mais. Conte-nos sobre o processo de criação dela.

Paul Marrone: Essa faixa é na verdade uma música que escrevi há uma década atrás. Foi anteriormente lançada pela minha antiga banda CosmicWheels. Precisávamos de uma música para o álbum e o Parker sugeriu que a utilizássemos. Quanto à composição, na época me inspirei em muitas coisas obscuras do heavy rock britânico – do final dos anos 60 ao início dos 70, como Samuel Prody, Elias Hulk, Writing on the Wall etc. Eu simplesmente adoro a forma como eles mantém três riffs principais em sucessão para a introdução, verso e coro, e daí DO NADA, de forma pouco ortodoxa, explodem numa jam mais obscura. Às vezes isso funciona, e às vezes simplesmente não faz sentido. Tentei estruturar a jam no meio da música, mantendo a bateria e o baixo num ritmo mais estável, e deixando que a guitarra fosse responsável por todas as acrobacias, ao invés de deixar todos os instrumentos brigando para serem ouvidos, o que geralmente acaba acontecendo em jams. Dessa forma o som fica mais limpo, não perde o ritmo nem fica longo demais. Também rolaram uns truques de estúdio, como o uso de uma fita ao contrário pra criar aquele efeito reverso e de phaser que ficaram bem legais. Ficamos orgulhosos com o resultado e fico feliz em saber que é uma de suas favoritas do disco.

Pra quem quiser ouvir essa versão original com a CosmicWheels:

Também curti a vibe lisérgica de “Woodrose Morning”. De onde veio a inspiração para ela?

Paul Marrone: Esta música foi muito inspirada no leste, e acho que se você conhece o efeito das sementes de Woodrose… a música fará muito mais sentido. Ha.

adendo pra quem também ficou boiando: as tais sementes da música contêm uma triptamina natural com o nome de Amida de Acido Lisérgico (LSA), quimicamente relacionada com o LSD ⚛️

Vocês estiveram na Europa e tocaram bastante nos EUA desde o lançamento do novo álbum. Alguma história interessante de turnê que vocês gostariam de compartilhar?

Paul Marrone: para ser honesto não consigo pensar em nada recente, mas tenho uma história de turnê que pode ser relevante já que nos preparamos para visitar a América do Sul … Fizemos um show em Buenos Aires e tínhamos que pegar um voo para Córdoba onde seria o próximo show. Não tenho certeza do que aconteceu, mas adormecemos no aeroporto por algumas horas e perdemos o voo, daí achamos que teríamos que cancelar o show. De repente, nosso agente de reservas da Argentina nos levou para um táxi, que dirigiu por 8 horas e meia para um show esgotado em Córdoba. O motorista era super gente boa e acabou sendo nosso roadie e cuidando do merch naquela noite, e acabou indo pro after com a gente depois, foi muito divertido. Basicamente, todo o dinheiro que fizemos naquela noite foi pra pagar essa corrida de táxi. Não sei se é uma boa história, mas achamos muito divertida.

Confira as datas da turnê sulamericana:radio moscow tour completa

Última pergunta: vocês são frequentemente comparados a bandas dos anos 60 e 70. Assim, se você pudesse voltar no tempo e roubar uma música dessas décadas pra chamar de sua, qual seria?

Paul Marrone: Essa é uma pergunta muito difícil e a resposta para ela mudaria constantemente… eu poderia ficar nisso para sempre, então vou mencionar as 5 primeiras que me veem à cabeça: “Why Not” e “Wreck” da Gentle Giant (1970-1971), “No More White Horses” da T2 (1970), “Uomini di Vento” da Procession (1974) e “Eat that Question” do Frank Zappa (1972).

Por aqui ficamos com esses 6 minutinhos de esquizofrenia zappiana porque relembrar é viver (e relembrar Zappa é viver loucamente):

Radio Moscow was last modified: março 19th, 2018 by Joyce Guillarducci
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SOBRE

Joyce Guillarducci

Sou apaixonada por música, curiosa por natureza e adoro conhecer coisas novas - sem deixar de lado as antiguices do coração. Criei este espaço para compartilhar minhas descobertas com quem também cansou de ouvir sempre as mesmas bandas. Tem muita música boa acontecendo here, there & everywhere. Eu quero mais, cansei do mainstream

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