Quarteto chileno retorna com shoegaze & dark psicodelia em novo EP. Confira entrevista + playlist Chilindie.
Em 2015 apresentei aqui no blog o shoegaze / dark psicodelia dos chilenos da Maff quando eles tinham acabado de lançar um auto-intitulado EP de estréia. Quase 3 anos depois, Richi Gómez (vocal, baixo, guitarra), Nicolás Colombres (bateria), Martin Colombres (guitarra) e Valentina Cardenas (baixo) retornam cheios de novidades & surpresinhas musicais.
A banda de Santiago está preparadíssima pra soltar um segundo EP, que já tem nome e veio devidamente anunciado por novos singles e videoclipe bem doidera. Embalado pela instrumental ‘Act 2′, o vídeo lançado em dezembro é mais uma obra do cineasta americano Tim Busko, e segundo a banda um continuação de ‘Act 1′ – faixa que abre o EP de estreia e que também foi ilustrada pela obscura e delirante sequência de imagens de Busko.
Conversei com o Richi sobre a nova fase da banda, a cena indie do Chile e novidades musicais de lá, confiram nosso papo aqui:
Já fazem 3 anos desde seu último lançamento, e agora vocês estão de volta com uma nova baixista, novo videoclipe e preparando novo EP – muita emoção! O que mais podemos esperar dessa nova fase da Maff?
Bem, com essa nova formação temos feito apresentações bem sólidas, acho que tocaremos bastante esse ano. Esperamos que não só em Santiago, queremos chegar há outros lugares também. Também estamos trabalhando no próximo álbum, que será nosso primeiro LP. Estou bem ansioso quanto a isso.
Todas as músicas do EP ‘Maff’ são em inglês. Vocês já revelaram que o nome do novo álbum será ‘Melaniña’, podemos esperar letras em espanhol nele?
Sim, teremos algumas nesse EP. O single ‘Desfile’ estará nele e é a primeira canção da Maff que escrevi em espanhol.
Ouça ‘Desfile':
E qual seria a situação ideal para ouvir o ‘Melaniña’ pela primeira vez?
Recomendo que seja numa viagem. Imagine-se num ônibus ou avião, a cabeça encostada no assento, olhando pela janela, pensando na vida…
Estou curiosa sobre a cena independente de Santiago. Aqui em São Paulo grande parte da galera que frequenta os shows está envolvida com música de alguma forma – produtores, blogueiros, fotógrafos, músicos,… Acontece o mesmo por aí? Ou vocês têm uma audiência mais “fora da cena”?
É, aqui é meio que a mesma coisa. Muita gente que vai aos nossos shows também está envolvida com música. Mas depende um pouco de onde tocamos. Algumas casas são bem underground e trazem um público mais “melomano” (apaixonados por música) que realmente se conectam com esse tipo de música (rock alternativo, pós-punk, shoegaze, psicodelia,etc). Também tem casas mais mainstream com um público mais “comum” que estão lá pra curtir a noite e não necessariamente a música. É sempre interessante ver a reação dessa galera quando nos veem tocando.
Outras bandas indie do Chile que vocês gostariam de recomendar?
Vi Adelaida tocando com Diiv esse ano, uma mistura bem interessante de grunge e shoegaze, curti bastante. Magaly Fields é um duo de rock & roll / psicodelia / punk bem poderoso que também tá mandando bem ao vivo. O álbum de estreia da Psychotropics também está com uma vibe bem interessante. E tem a Condor Jet e suas camadas sonoras. Tivemos o prazer de contar com o virtuosismo de seu baixista Tomas Vidal no novo EP da Maff.
Pra fechar: alguma mensagem para seus ouvintes brasileiros?
Olá à todos nossos amigos e fãs no Brasil. Esperamos que vocês curtam o novo EP ‘Melaniña’ tanto quanto nós curtimos fritar nossas guitarras nele.
Mantenha-se real!
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É isso aí, todo mundo de olho nos chilenos que logo logo sai esse disquinho heim. Por enquanto vamos de mixtape Chilindie com as recomendações deles e otras cositas más ?