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Leo Fazio

escrito porJoyce Guillarducci 27 de dezembro de 2017
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Geração Bit e divagações sócio-políticas são temas da estreia solo do Molodoy. Ouça “Três por 1 Real” + Entrevista.

A galera da internet que acompanha o blog já deve ter visto/ouvido esse rapazito que muito lembra o vocalista da Temples por aqui. Leonardo Fazio é o cantor, compositor e multi-instrumentista que lidera os vocais roucos da banda paulista Molodoys, com a qual lançou no ano passado o álbum de estreia ‘Tropicaos’.

Ouça ‘Tropicaos’ aqui:

Paralelamente à banda, que também vem produzindo uns videoclipes bem delirantes e agora prepara o segundo disco, Leo tem trabalhado num projeto solo que deu as caras ao mundo na semana passada com o lançamento do álbum “Três Por 1 Real”.

Percorrendo seis faixas autorais e uma versão da canção “Um Chorinho” de Chico Buarque, ele vai brincando com texturas sonoras enquanto aborda temas sociais e políticos que fazem alusão ao momento tecnológico e “geração Bit”, abrem espaço para divagações que vão do cotidiano no transporte público à memórias de crimes da ditadura, e resultam num disco super experimental e vanguardista.

Conversei com o Leo sobre esse novo trabalho, confiram nosso papo aqui:

Lembro que numa ocasião você me contou que estava compondo coisas novas que fariam parte da “geração bit” e acredito que o “Três por 1 Real” seja o primeiro representante desse movimento, certo? Conte mais sobre isso.

Hahahah Na verdade não sei se chega a ser uma “geração’ Bit, mas tá rolando um manifesto que logo vai dar as caras ao mundo, não queria dar muitos detalhes agora porque estamos trabalhando nisso e ainda acertando as ideias. Mas acho que sim, esse álbum é pelo menos uma introdução a isso, um pouco nas letras, mas creio que mais na forma como foi feito, na questão da liberdade, do fluxo de criação e etc… Eu queria muito testar algumas coisas, experimentar caminhos diferentes poeticamente e musicalmente, então o plano era fazer algo bem solto e ver no que dava, antes de começar a gravar eu não fazia ideia do que ia sair (obrigado do fundo do coração ao Lucas Cyrne por ter aberto as portas do seu porão/quarto pra eu fazer essa doidera). Eu tinha composto só “Suspiro Número 9″ e “Tietê”, as outras foram nascendo conforme eu gravava, na hora e no fluxo mesmo, o quê tá lá no disco é registro do nascimento delas, de certa forma o lance do manifesto Bit fala um pouco dessa liberdade na questão artística, bem inspirado no movimento surrealista e no Beat (isso é meio óbvio né hahahah), mas também estamos nos baseando no manifesto Cyborg e em outros movimentos de vanguarda (antigos e modernos).

Curti o toque de brasilidade obtido pela presença da cuíca por diversas faixas. Qual foi sua intenção ao incluí-la?

Na verdade eu comprei a cuíca pro segundo disco da Molodoys, mas eu tava tão maravilhado com ela que quis testar imediatamente hahahah, mas não tive intenção nenhuma eu acho, só gosto muito do som e das possibilidades que ela traz, eu gosto de experimentar e misturar as coisas, ver no que dá, e deu nisso aí!

O verso que dá nome ao álbum saiu da faixa “Suspiro Número 9” (minha favorita), que é uma crítica social em diversos sentidos. Conte-nos sobre as inspirações para ela.

Eu não sei se o verso deu nome ao álbum ou se o nome do álbum caiu no verso (não lembro mesmo). Mas essa música é mais uma tiração de sarro do que uma “crítica social foda” hahaha eu queria fazer algo mais engraçado, cotidiano, e também brincar com os sentidos e etc, isso era o que eu tinha em mente antes de cria-la, eu só queria fazer uma música assim e o resto veio no fluxo mesmo, eu só fui ajeitando um pouco aqui e um pouco ali na letra.

A versão de “Um Chorinho” de Chico Buarque também está presente na nossa coletânea O Verão do Amor. A decisão de incluí-la no álbum veio antes ou depois da coletânea?

Bem pontuado, “Um Chorinho” tá na coletânea e no álbum, se eu não me engano a decisão veio depois de você me chamar pra gravar um som pra coletânea, eu tava no porão do Cyrne nesse momento e comecei a pensar que som eu podia gravar, mas na hora que tu me chamou eu já tive a ideia de colocar o som no álbum, por isso escolhi uma do velho Chico, que tem feito minha cabeça ultimamente (outra opção era uma do King Krule, mas achei melhor uma em português mesmo, o desafio era maior hihihi).

Ouça a coletânea ‘O Verão do Amor’ aqui:

Fechando o álbum temos a epifania sonora de “Data”, que para mim soa como uma música que poderia ter sido criada por um programa de computador por exemplo. Qual o significado dessa faixa pra você?

Agora a gente volta na primeira pergunta, o disco abre com a música chamada “Bit” – que como eu disse é uma introdução a esse rolé todo que eu falei – e fecha com “Data”, que é outra tiração de sarro, se opondo ao Bit nos temos o Data, algo inspirado no movimento Dada/Dadaista, então Data é como se fosse uma releitura pós-moderna desse movimento, algo bem sem nexo mesmo hahahha Achei genial tu ter falado que é um som que poderia ter sido criado por um computador, porque é bem por esse caminho, nem sei se tem muito mais o que explicar, acho que ouvindo dá pra sacar melhor o que eu quero dizer hahaha.

***

E então, curiosos sobre o que o Leo anda aprontando? Pois fiquem de olho no que vem por aí e não deixem de conferir o “Três por 1 Real”, garanto que é uma das coisas mais loucas que vocês ouvirão esse ano.

Leo Fazio was last modified: dezembro 27th, 2017 by Joyce Guillarducci
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SOBRE

Joyce Guillarducci

Sou apaixonada por música, curiosa por natureza e adoro conhecer coisas novas - sem deixar de lado as antiguices do coração. Criei este espaço para compartilhar minhas descobertas com quem também cansou de ouvir sempre as mesmas bandas. Tem muita música boa acontecendo here, there & everywhere. Eu quero mais, cansei do mainstream

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