O ano de 1967 foi um dos mais significativos para a música mundial. A ascensão hippie, the summer of love e a consagração da psicodelia foram pontos cruciais no curso da história do rock’n roll, da música pop, country, folk, soul e do acid rock. E como eu amo os anos 60, não poderia deixar de prestigiar o meio século desse ano tão importante. Para isso, criei a coluna 1967 EM 50 DISCOS, onde semanalmente comentaremos álbuns lançados nesse ano.
Hoje tem presença jazzy na coluna, olha lá:
Álbum: ‘High Priestess of Soul’
Gravadora: Philips Records
Artista: Nina Simone
Lançamento: 1967
por Joyce Guillarducci
Nina Simone já trazia na bagagem quase duas dezenas de álbums quando em 1967 os executivos da Philips Records decidiram coroá-la com o título de High Priestess (“alta sacerdotisa”), que lhe acompanharia nos anos a seguir e que seria rejeitado pela própria Nina.
Toda a sofisticação de sua voz e piano estão impressos em cada canto do ‘High Priestess of Soul’, que também tem boas pitadas de jazz, blues, gospel e até algo de pop, como na faixa de abertura “Don’t You Pay Them No Mind”. Destaque para as composições originais de Nina, que incluem as maravilhosas “Take Me to the Water” e “Come Ye”; para as que lhe foram dadas como “I’m Gonna Leave You” e “Work Song” (minha favorita); e a versão de “Brown Eyed Handsome Man” do titio Chuck Berry, que são mais do que prova de que independente de rótulos, ela foi sim, obrigada, uma das grandes rainhas da soul music.