Impressões sobre o festival + mixtape com novidades da cena psicodélica brasileira.
Bike no palco do 3omf / foto por Eduardo da Costa (Minuto Indie)
No último sábado rolou a primeira edição do Três Olhos Music Festival e a promessa de conforto + diversão que era a proposta do festival foi mantida: fácil acesso do metrô, salão fresquinho, bares sem filas e com cerveja decente (obrigada sen or pela Heineken alcançada), área de fumante sem burocrácia e banheiros limpos com papel, sabonete e espelho ? Locação de festival dos sonhos – apesar que a gente também adora passar um perrenguinho né.
Minha única reclamação para a produção é que faltou mulherada no palco. Manda mais ano que vem que tava pouco.
Pois bem, consegui chegar a tempo de ver a Bike abrindo os trabalhos e mandando ver nas faixas do ‘Em Busca da Viagem Eterna’, que foi um dos meus vícios desse ano. Assim como no disco, adorei o equilibrio entre lisergia e fritação do show, que teria caído ainda melhor se estivesse numa escalação superior no line-up.
Não faz mal, porque mais tarde conheci a Grand Bazaar e sua grande celebração cigana. Divertida e cheia de energia, a banda puxou coreografias e botou a galera pra dançar, no que para mim foi o melhor show do festival. Tenho que confessar que não vi muito de Dada Yute e Cartoon porque fiquei de papo com meus amigos blogueirinhos #oimeninastudobom. Aliás, pra quem ainda não segue o Pacóvios e o Minuto Indie, recomendo bastante porque os meninos tão sempre no rolé se ligando nas novidades.
E daí que a tarde passa voando e já chegamos nos headliners, e lá vou eu me esbaldar em Mutantes aka Sérgio Dias & band mais uma vez. Contando pela primeira vez com a participação, brilhante por sinal, da cantora e multi-instrumentista inglesa Carly Briant, Dias deu showzaço tocando diversos hits e tal, só que mais uma vez me vi questionando essa tentativa de sobrevida da banda. Acho que tá na hora de deixar o nome Mutantes ir né? Let it go, let it go…
E foi justamente durante essas divagações (que podem ou não ter contado com influências ácidas rs) que comecei a listar mentalmente representantes da psicodelia brasileira contemporânea que dão um festival de mão cheia, e quanta coisa boa saiu esse ano mesmo! Assim nasceu a Mixtape Feliz Ano Psicodélico, com 21 brasilidades psicodélicas lançadas em 2017 – pra quem está questionando esse número, é só multiplicá-lo por 2 que tudo fará sentido.
Mas vai lá conferir que tem Soundlights (meu novo vício), GROSS, My Magical Glowing Lens, BIKE, Glue Trip, Aura, Maglore, The Raulis, Pedro Salvador, The Outs, Van der Vous, Os Chás, Juna, Boogarins, Bicho-grilo, Cigana, Luneta Mági Ca, PAPISA, Tertulia na lua, SUPERVÃO e Ema Stoned (UFA!)
Espero ver muitos desses nomes nas próximas edições do 3omf. Enquanto isso, boa freetação 😛