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Festival PicniK – Dia 2

escrito porJoyce Guillarducci 4 de julho de 2017
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Impressões sobre o segundo dia de festival + Entrevista com Tagore.

fotos por Alexandre Giglio / Minuto Indie

Domingão de (muito) sol, lá vamos nós para o segundo dia de PicniK – e que dia! Festival lotaaado, cheguei quando os The Raulis (PE) mandavam ver na surf music, com seu guitarrista Arthur Soares devidamente trajado da máscara que já virou marca registrada da banda. A sequência de shows dali pra frente foi tão incrível que não arredei mais pé do palco principal. Pra dizer a verdade eu sai durante um momento específico, que vou contar mais pra frente.

The Raulis

The Raulis

Na sequência foi a vez de conferir o pop/folk/rock/psicodelia/surf music da The Blank Tapes (US), projeto liderado pelo californiano Matt Adams que não aparecia pelo Brasil desde 2011. Devemos a vinda dessa vez à galera da Honeybomb Records, que no ano passado também foram os responsáveis pelo lançamento do álbum ‘Ojos Rojos’ da Blank Tapes por aqui.

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The Blank Tapes.

Antes de prosseguir, deixa eu abrir um parênteses e contar pra vocês que conversei com o Matt mais tarde, numa festa pós festival que incluiu uma tentativa frustrada minha de preparar uma caipirinha para ele (conto melhor depois, rs), mas ele é um querido e durante nosso papo descobrimos que compartilhamos da mesma paixão por The Kinks, e ele me apresentou um sonzinho deles que eu não conhecia e que nunca chegou a entrar para um álbum. Vou deixar aqui que é lindemais:

Mas voltando ao PicniK e ao show que para mim foi o mais surpreendente desse segundo dia de festival: o glo-fi da Glue Trip (PB), projeto vindo de João Pessoa e liderado pelo músico Lucas Moura. Não conhecia a banda e não sabia o que esperar, e como é bom quando a banda te pega assim desprevenida. Psicodelia e peso em medidas certas num show que ficou ainda mais lindo com a participação dessa princesinha do rock (essa criança subiu ao palco espontaneamente e não tinha mais o que tirasse gente):

Princesa dos palcos invadindo o show da Glue Trip.

Princesa dos palcos invadindo o show da Glue Trip.

Glue Trip

Glue Trip

Depois da Glue Trip foi a vez dos queridos da Mustache e os Apaches (SP) brilharem. Já vi diversos shows desses entertainers natos e cada aparesentação é única e cheia de surpresas. No PicniK a banda finalizou o show descendo do palco e juntando-se ao público, como se fosse uma apresentação de rua. Detalhe: não dá pra ver nas fotos porque o washboard cobriu, mas o Lumineiro estava de bottom Cansei do Mainstream, que fofo <3

Mustache e os Apaches.

Mustache e os Apaches.

Mustache e os Apaches.

Mustache e os Apaches.

Mustache e os Apaches.

Mustache e os Apaches.

Em seguida foi a vez do Terno (SP) subir ao palco e tenho a impressão de que o show deles era o mais aguardado do festival. Foi nessa hora que dei aquela escapulida do palco principal que comentei no início, durante a execução de uma bendita faixa do disco mais recente do trio chamada ‘Volta’. Qualquer um que tenha terminado um amor recentemente vai entender o porquê da minha fuga quando ouvi-la. MAS ATENÇÃO: não me responsabilizo por danos causados ao estado emocional a partir do momento em que esse botão de play for apertado:

Final do show do Terno, que apesar do detalhe dessa música que não tem me feito bem, foi bonito e bem amarradinho – eles começaram e terminaram com ‘Culpa’, dando a impressão de que o show aconteceu todo ali dentro dela. Pego um drink e me recomponho. Aliás, acho que não comentei sobre o que bebemos por lá né. Nos bares “oficiais” espalhados pelo festival tinha cerveja e catuaba, mas haviam barraquinhas específicas onde rolavam outras bebidas, inclusive vinhos e uísques. Optei por um dos meus favoritos do momento que é o gim-tônica e lá fui eu conferir o penúltimo show da noite com o Tagore (PE). E que showzão gente! Uma mistura absurda de regionalismo e psicodelia à la Tame Impala <3

Tagore

Tagore

Também converei com o Tagore depois do festival, confiram nosso papo aqui:

Tagore, seus primeiros trabalhos ficaram conhecidos pela incorporação da música regional brasileira à pegada rock. Já seu disco mais recente, o ‘Pineal’, embora seja embalado por esse seu sotaque delicioso, deixa o regionalismo de lado e é totalmente voltado ao rock psicodélico. Sua apresentação no festival PicniK foi marcada por uma mistura dessas duas características de sua música, você considera possível fazer um álbum que destaque psicodelia e regionalismo ao mesmo tempo?

Sim, acredito que o termo “Psicodélico” se aplica mais à intenção/proposta do som, do que ao estilo musical em si. Acho que não se anulam o regionalismo e a psicodelia.

A faixa título de ‘Pineal’ é uma de minhas favoritas e abre com as linhas “Eu prefiro ver as coisas com calma ao invés de só correr”. Em tempos de imediatismo, quais são seus truques para fugir da louca correria do dia-a-dia (principalmente a de SP)?

Não sei se tenho algo equivalente a um “truque”. Mas a propria arte é um refugio pra esse cotidiano louco em que nos lancamos. Tou sempre pensando em música, em arranjos, letras, tambem escrevo bastante e assim vou construindo minha bolha de sossego.

Ouça aqui ‘Pineal':

Como anda a cena rock de Recife? Algo bom para nos indicar?

Exceto pelos festivais incríveis que acontecem ao longo do ano, Recife anda meio baixo astral em termos de vida noturna. A maioria das casas de show não tem interesse em bandas autorais, ou se tem não disponibilizam as datas e horarios nobres pra esses artistas, preferindo lotar aos fins de semana, com Djs e bandas cover. Mas a safra de artistas ta maravilhosa, temos vários nomes interessantes, entre eles posso destacar: Caapora, Barro, Juvenil Silva, Aninha Martins, Banda Voou, Gudicarmas, Mamelungos, entre vários outros.

Vou deixar o link do Barro aqui que eu já tinha ouvido e curtido:

Última pergunta: se você pudesse gravar uma música com qualquer musicista (vivo) do mundo, quem seria?

Kevin Parker, do Tame Impala.

Tame Impala é uma viagem mesmo.

—

E chegamos ao fim do festival com os brasilienses da Cassino Supernova mandando uma super homenagem ao Pedro Souto, baixista da Almirante Shiva – que já integrou a Cassino no passado também e que faleceu no início de Maio desse ano. Foi bonito e tocante e até eu que nem cheguei a conhecer o Pedro fiquei emocionada.

Depois do festival mais uma “festa em casa de neguinho” de leve e fim. Adorei conhecer Brasília, encontrar novos e velhos amigos e pretendo voltar para próximas edições.

Pra fechar deixo vocês com essa musiquinha bonita da Cassino Supernova:

Festival PicniK – Dia 2 was last modified: dezembro 1st, 2017 by Joyce Guillarducci
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SOBRE

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Sou apaixonada por música, curiosa por natureza e adoro conhecer coisas novas - sem deixar de lado as antiguices do coração. Criei este espaço para compartilhar minhas descobertas com quem também cansou de ouvir sempre as mesmas bandas. Tem muita música boa acontecendo here, there & everywhere. Eu quero mais, cansei do mainstream

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