Um musical dinamarquês para quem cansou da Disney Hollywoodiana.
Aproveitei esse carnaval para entrar no bloquinho dos “Netflix e afins” e assisti vários filmes que estavam na minha listinha. Um deles foi o tão comentado ‘La La Land’ sobre o qual já estava curiosa e fiquei ainda mais depois da gafe do Oscar (!)
Eu gostei do filme, mas para mim é fácil porque eu amo jazz, amo sapateado e amo musicais. O lance com musicais é bem esse né: love or hate. Eu amo. Muita gente se irrita com gente sorrindo que começa a dançar do nada, e se você é desses nem tente ver ‘La La Land’.
Pensando nisso, lembrei de um musical de que gosto muito e que foge desse estilo Disney Hollywoodiano: ‘Dançando no Escuro’ (Danser i Mørket) é um filme musical dinamarquês lançado em 2000, escrito e dirigido por Lars Von Trier e estrelado pela minha musa islandesa Björk. Cheguei nesse filme pela curiosidade de ver a Björk atuando numa época em que eu não conhecia nada do diretor dinamarquês. Acabei me interessando por sua loucurinhas cinematográficas e tenho acompanhado bastante do trabalho do Lars desde então – ‘Melancolia’ mexeu muito comigo e choquei com ‘Ninfomaníaca’.
Mas voltando ao ‘Dançando no Escuro’, o filme conta a história de Selma (Björk), uma ingênua garota tcheca que vai para os EUA com seu filho em busca do american dream. Lá Selma acaba enfrentando algumas dificuldades, e busca refúgio na dança e nas sequências musicais que ela mesma cria, com todas aquelas particularidades do jeito Björk de ser.
Não vou contar mais para não estragar as surpresas, mas ‘Dançando no Escuro’ é um filme extremamente sensível, artístico e especial. Não conheço ninguém que tenha visto-o e não tenha derramado pelo menos uma lagrimazinha. Vale a pena ver.
Esse não tem no Netflix, mas dá pra encontrar facilmente nas “locadoras” da vida (cof, cof, you know what I mean). Ele também está no Stremio que é um app que tenho utilizado bastante pra ver meus filmitchos.
Deixo aqui uma de minhas cenas favoritas de ‘Dançando no Escuro’, com música criada pelas máquinas da fábrica onde Selma trabalha. Essa Björk me derrete o coração.