Ouça aqui o álbum ‘Not an Embryo’ + Entrevista.
Acabei de chegar de umas mini férias no litoral com energias renovadas e com sede de novidades! E não é que já tinha coisas boas me esperando por aqui? Pois é, uma delas é o mais recente lançamento da banda Color For Shane, o álbum ‘Not an Embryo’ que saiu no último sábado, dia 28/01, e está fresquíssimo. Mas antes de falarmos do álbum, deixe-me apresentá-los à banda.
A Color For Shane é um power duo formado por Rafael Pires (Guitarra/Vocais) e Henrique Gonzalez (Bateria) que vem da cidade de São Bernardo do Campo – não disse na postagem da Der Baum que ia rolar mais um monte de coisa do ABC Paulista por aqui? A dupla já está na estrada a alguns anos fazendo um som que mistura garage rock e pós-punk com pitadas de experimentalismo psicodélico, e que pode ser conferido nos diversos EPs da banda, no álbum ‘Surface’ de 2015, e agora também no recém-nascido ‘Not an Embryo’, voilà!
Conversei com o Rafael sobre o álbum e algumas faixas favoritas, confiram nosso papo aqui:
Vamos começar pelo nome do álbum: ‘Not an Embryo’ é um nome curioso, qual o significado dele para vocês?
A nossa ideia com esse nome é deixar quem ouve o álbum encontrar a própria interpretação pra ele. Eu sei que parece piegas, mas se eu revelar o que o nome significa para mim acho que ele perderia o “poder” e não seria mais curioso. Também, é bem legal descobrir os diferentes significados que ele pode ter.
‘Not an Embryo’ parece abordar temas políticos, com faixas como ‘Politics’ e ‘Corrupted’. Podemos dizer que a situação política do Brasil e do mundo foi uma das influências para o álbum?
Sim, e nessas duas faixas principalmente. ‘Politics’, fala sobre a impotência que eu sinto, e imagino que outras pessoas também, enquanto os nossos representantes levam o Brasil para o rumo que eles querem. Já a ‘Corrupted’ é uma crítica à ideia de justificar corrupção com o fato dela ser parte do ser humano.
Gosto bastante da sonoridade da faixa ‘Karma’, é uma pegada bem pós-punk e dançante. De onde veio a inspiração para ela?
‘Karma’ é a faixa mais introvertida do cd. Por isso, resolvemos voltar para as raízes do nosso primeiro álbum, o “Oops” que foi mais pós punk e dançante. Eu também ouvi muito KVB e INVSN enquanto montava as músicas, acho que isso foi até mais responsável por essa sonoridade da ‘Karma’.
Também curti o experimentalismo de ‘Maintenance’. Falem um pouco sobre o processo de gravação dela.
Esse foi um dos sons mais legais de fazer. Foi todo na contramão. Ele começou com uma linha de baixo bem esquisita e eu mandei para o Felipe Gasnier, que também fez a capa do cd e costumava tocar com a gente, e ele colocou uns elementos eletrônicos. A partir dai, a gente foi somando coisas e deixando a música cada vez mais experimental.
Última pergunta: se vocês fossem enviar uma cópia de ‘Not an Embryo’ para qualquer músico do mundo, para quem seria?
Eu sempre gosto de enviar os cds para o Denis Silva, um amigo meu que é o melhor guitarrista que conheço. Ele já ouviu quase tudo que gravei, desde demos até as masters finais, então sempre confio nele para dizer se o trabalho está bom ou não. Dessa vez, ele também participou de uma faixa do cd, a ‘Bio’ e deu o toque que faltava!
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E aí, ficaram curiosos sobre tudo isso que falamos? Então não deixem de ouvir as 8 faixas autorais do ‘Not An Embryo’, que está sendo lançado simultaneamente pelos selos Dinamite Records e Howlin Records. O álbum foi gravado nos estúdios Family Mob e Aliensgoback em São Paulo, produzido e mixado por Billy Maia no DNMT Studios em NYC, e masterizado por André Leal e Kleber Mariano no estúdio Jukebox em Volta Redonda, RJ, e ainda conta com as participações de Juan Carlos do Chá de Vênus na bateria de ‘Politics’ e no teclado de ‘Embryo’, Denis Silva nas guitarras de ‘Bio’ e Felipe Gasnier (Xilip) nas guitarras e bateria eletrônica de ‘Maintenance’ – Felipe, que é um artista plástico brasileiro residente na Finlândia, também foi o responsável pela arte da capa do álbum.
E aqui, o álbum:
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