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Lamusia

escrito porJoyce Guillarducci 19 de janeiro de 2017
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Estréia do videoclipe ‘Cosmonauta’ + Entrevista.

Eeeeee que a semana tá agitadinha por aqui! Começou com lançamento dos Dum Brothers, depois teve o som animal da Der Baum, e agora tem estréia desse videoclipe espacial da banda Lamusia!

Mas antes de tudo, deixe-me apresentar a banda. A Lamusia nasceu em São Paulo em 2010, e passou algum tempo criando e gravando em estúdio caseiro. Até que no final de 2015, a banda renasceu em Suzano e hoje conta com Guilherme Peace (Vocais / Guitarra / Piano / Sintetizador), Alexandre Becker Klein (Guitarra / Vocais de apoio), Anna Julia Ferraz (Clarinete / Sintetizador / Vocais de apoio), Lucas Irineu (Baixo) e Icaro Bistaffa (Bateria). Em dezembro de 2016 lançaram o ótimo EP de estréia ‘A Árvore, A Bailarina, A Borboleta E O Homem Do Espaço’, que oferece 4 faixas de um indie rock com letras engenhosas e reflexivas e uma pitada de música de cabaré.

Conversei com a banda sobre o EP e suas faixas, confira aqui:

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Vamos começar pelo nome do EP: “A Árvore, A Bailarina, A Borboleta E O Homem Do Espaço” inspira fantasia e me remete a algo escrito por C. S. Lewis. Contem pra gente o significado desse nome.

O EP “A árvore, a Bailarina, a Borboleta e o Homem do Espaço” foi composto justamente sob forte influência da temática literária. Temos entre os integrantes da banda um historiador (Alexandre) e um jornalista e escritor (Guilherme), que também é o letrista da banda. Além disso, todos os músicos da Lamusia são apaixonados por cinema e literatura. Nas faixas, os conceitos de solidão, tempo, expressão e transformação se repetem. A banda se preocupa também em trazer um som atmosférico que justifique as letras e melodias. “Indonésia”, a faixa de abertura e a canção mais antiga da banda trata justamente do medo do tempo e das mudanças que o tempo pode trazer, aqui representada pela “Árvore” (crescimento, raízes e transformação – elementos comuns à construção literária em abordagens como a “Jornada do Herói”). A música “Confissão” trata de constatação e entrega e é representada pela “Bailarina”, uma vez que a dança é expressão física da arte e a arte é vista por nós como uma forma de entregar e constatar o que se sente. Em “Cosmonauta”, a solidão e a depressão são discutidas a partir de uma ótica lúdica comum aos livros e filmes de fantasia e ficção científica, gêneros literários e cinematográficos preferidos dos integrantes da banda. A faixa de encerramento do EP, “Aureliano”, representada pela “Borboleta” é talvez a referência mais óbvia à literatura, uma vez que foi completamente inspirada pelo livro de cabeceira do Guilherme, “Cem Anos de Solidão”, obra máxima do realismo-fantástico do colombiano Gabriel García Marquez.

A faixa ‘Cosmonauta’ é minha favorita e nos convida a uma reflexão sobre a solidão. De onde veio a inspiração para ela?

Você captou perfeitamente a mensagem da música. “Cosmonauta” trata de solidão, angústia e depressão, além do modo contraditório como a doença pode ser vista pelos olhos de quem convive com ela. O dia a dia do personagem mostrado na letra é de uma rotina tediosa e conflitante com o fantástico daquilo que vive: ele está no espaço, no meio da imensidão do universo, e reflete sobre as pequenezas de seus afazeres enquanto se sente extremamente só. A ideia da letra é brincar com isso, com esse sentimento de fascínio pelo imenso da vida e como isso é esmagado pelo tédio, depressão e solidão, mesmo aqui, no chão.

‘Confissão’ traz uma sonoridade bem interessante e acho que é nela que a pitada de cabaré está mais visível. Falem um pouco sobre o processo de criação e gravação dela.

O riff que conduz “Confissão” foi criado por Alexandre e pertencia a um rock antigo de sua autoria. A dissonância em Fá menor com Si e Dó sustenido dá a tensão necessária para a música ter o aspecto “cabaré”. Quando Guilherme ouviu a música, sugeriu tocá-la no piano para firmar esta impressão. O vocal com entonação dramática serviu ao mesmo propósito. Durante o processo de gravação, a principal preocupação foi de passar a sensação de tensão e atmosfera: queremos que o ouvinte se sinta em um cabaré antigo. Para tanto, usamos um contraponto melódico no clarinete e uma timbragem de “piano-bar” para as teclas.

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E agora, quais os próximos passos da Lamusia?

A gravação do EP foi um primeiro grande passo para nós. Acreditamos que a nossa banda busque expressar-se artisticamente de maneira multimídia e multidisciplinar. As cópias físicas do EP, por exemplo, foram feitas de maneira artesanal, com dobradura em origami, pinturas e com cada disco tendo um desenho único feito à mão, um por um. Todo o processo de gravação e produção do EP foi registrado no minidocumentário homônimo em três episódios que podem ser conferidos na página no Facebook ou no canal da banda no Youtube.

Preparamos ainda dois videoclipes: uma animação para “Cosmonauta”, que será lançada hoje e  que deve firmar o caráter lúdico da forma pela qual a mensagem é transmitida na música, e um filme de dança contemporânea, com coreografia de Guilherme e Laura Mayer interpretada por ambos para a música “Confissão” (ainda sem data de lançamento, mas já em produção). A música “Indonésia” também terá seu clipe ainda neste ano, com execução do estúdio Toca do Gatto, responsável pela produção, mixagem e masterização do EP.

Por fim, e mais importante de tudo, queremos fazer shows! Nossa expectativa é de que este seja um ano de agenda repleta de apresentações. Acreditamos que a região onde vivemos (Alto Tietê) é carente de uma cena realmente forte de música autoral. Mas esta realidade está mudando e nós acreditamos que a interdisciplinaridade entre as formas de expressão artística (teatro, cinema, dança, artes plásticas, artes circenses) é um caminho interessante para potencializar esta mudança. Queremos uma cena em que várias bandas e artistas de diferentes meios possam apresentar ao público um trabalho de qualidade e ter reconhecimento por isso.

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Também acredito em vocês pessoal, continuem com esse talento e essa vontade que a Lamusia vai longe. Por aqui ficamos com o videoclipe de ‘Cosmonauta’ pra dar aquela viajada:

Lamusia was last modified: janeiro 19th, 2017 by Joyce Guillarducci
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SOBRE

Joyce Guillarducci

Sou apaixonada por música, curiosa por natureza e adoro conhecer coisas novas - sem deixar de lado as antiguices do coração. Criei este espaço para compartilhar minhas descobertas com quem também cansou de ouvir sempre as mesmas bandas. Tem muita música boa acontecendo here, there & everywhere. Eu quero mais, cansei do mainstream

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