Inglês aborda temas de desigualdade social e exclusão de adolescentes transgêneros em sua música.
2017 mal começou e já tem várias novidades musicais rolando nas minhas playlists pessoais. Uma delas é o indie rock do inglês Declan McKenna, que eu conheci justamente através de uma música chamada “Brazil”.
Declan vem da cidade de Hertfordshire e já começou a chamar atenção da mídia de seu país bem jovenzinho. Em 2015, com apenas 16 anos, ganhou o concurso de talentos emergentes do festival Glastonbury e lançou, de forma independente, os singles “Brazil” e “Paracetamol”.
Apesar da pouca idade, mostrou-se um compositor bem maduro desde o início. Pegando carona nos escândalos envolvendo a FIFA durante a Copa do Mundo de 2014, abordou os temas de corrupção e desigualdade social em “Brazil”. E em entrevista para um site americano, contou que “Paracetamol” é uma critica à exclusão de adolescentes transgêneros na mídia e uma resposta à ideia de que o transgênero pode ser “curado” de sua identidade. Como não amar esse menino?
De 2015 para cá, o garoto lançou os EPs ‘Stains’ (2016) e ‘Liar’ (2016) e fez turnê pela Europa e EUA. Sua música no início da carreira tinha uma sonoridade que me faz pensar num Jake Bugg mais pop. Já os trabalhos mais recentes trazem elementos eletrônicos e de hip-hop, e mostram que Declan ainda está construindo sua identidade musical. Personalidade a gente já sabe que ele tem, e eu não vejo a hora de conferir isso tudo ao vivo.
Enquanto não rola, vamos conferindo esse belíssimo vídeo de “Paracetamol” e o som de Declan no Spotify: