Uma mixtape artística.
Olha aí uma boa dica cultural para quem está em São Paulo: tá rolando no Museu da Imagem e do Som – MIS SP até o dia 20 de Novembro a exposição “Frida Kahlo – Suas Fotos | Olhares sobre o México”, que reúne fotografias feitas por autores de destaque da história da fotografia e amigos pessoais de Frida. Ainda não fui, mas estou bem ansiosa para ver 😀
E inspirada pelo talento e força dessa mulher, hoje criei uma playlist de vozes femininas (e poderosas) dos EUA, Suécia, Brasil, Escócia, França e Inglaterra. Detalhe: já que estamos falando de Frida, decidi trazer apenas sons que foram inspirados por alguma forma de arte – literatura, pintura, cinema, fotografia… tem de tudo aqui na mixtape ‘O Que A Água Me Deu’, espero que gostem:
Van Gogh – Skating Polly: aqui as riot grrrls Kelli Mayo e Peyton Bighorse fazem bem uso de seu ugly pop para homenagear o pintor holandês;
Mona Lisas and Mad Hatters – Indigo Girls: belo trabalho das veteranas do folk americano nesse cover da composição de Elton John, que faz menção às obra-primas de Leonardo da Vinci e Lewis Carroll. E por falar em Carroll…
White Rabbit – Jefferson Airplane: os personagens de ‘Alice No País Das Maravilhas’ correm soltos por esse som super psicodélico escrito pela vocalista Grace Slick em 1966;
To a Poet – First Aid Kit: aqui as irmãs suecas Klara e Johanna usam seu belíssimo folk para homenagear o poema ‘My Heart’ do americano Frank O’ Hara;
Carne Vermelha – Sara Não Tem Nome: a Sara me contou que compôs esse som interessantíssimo depois de ler uma biografia do cantor e compositor Sérgio Sampaio, e ter se imaginado em seu lugar escrevendo uma música;
Suddenly I See – KT Tunstall: a escocesa Kate Victoria Tunstall escreveu essa música depois de ver aquela fotografia maravilhosa de Patti Smith, tirada por Robert Mapplethorpe, e que acabou virando a capa do álbum ‘Horses';
Vieille Chanson Du Jeune Temps – Victoire Oberkampf: conheci a francesa Victoire no ano passado quando ela morava aqui em São Paulo e de cara me apaixonei pela delicadeza de sua música. Essa faixa foi inspirada por um poema que Victor Hugo escreveu na adolescência;
Ode to Banksy – Jesca Hoop: o misterioso artista de rua britânico foi a inspiração para o experimentalismo da cantora, compositora e guitarrista americana nessa faixa;
Johannesburg – Bang Bang Romeo: as trilhas sonoras de Ennio Morricone para filmes western, principalmente a de ‘Django Livre’, foram as inspirações para este som da banda liderada pela frontwoman diva Anastasia Walker;
Whutering Heights – Kate Bush: o intenso e trágico romance ‘Whutering Heights’ (‘O Morro Dos Ventos Uivantes’) de Emily Brontë foi a inspiração para esse clássico dos 70s;
What The Water Gave Me – Florence + The Machine: além da pintura ‘Lo que el agua me dio’ de Frida Kahlo, a escritora Virginia Woolf também serviu de inspiração para esse poderoso som da nossa musa indie <3
E aqui o quadro que Frida finalizou em 1938, ‘Lo que el agua me dio':