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Antiprisma

escrito porJoyce Guillarducci 22 de agosto de 2016
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‘Planos Para Esta Encarnação’ + Entrevista

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Olha aí mais um disco nacional lindão quentinho, pronto para ser ouvido e reouvido. ‘Planos Para Esta Encarnação’ é o álbum de estréia da dupla Antiprisma, e oferece 10 faixas daquela receitinha de folk com pitada psicodélica que a dupla já vinha utilizando desde o lançamento do primeiro EP em 2014.

Conversei com a Elisa e com o Victor sobre algumas faixas favoritas desse álbum que soa como um refresco para os ouvidos e para a alma, confira aqui nosso papo:

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Vou começar pelo fim do álbum. A faixa ‘Sermão’ traz diálogos do filme Easy Rider que evocam aquele sentimento de “free spirit”. Na verdade eu sinto algo de libertador presente por todo o álbum, trazer essa ideia foi intencional?

Victor – Sim, você percebeu bem! A gente queria que o fim da experiência de escutar o disco contasse com esse sentimento maior de reflexão. Na verdade, o disco inteiro conta com um pouco disso em diferentes partes, e chegando na “Sermão” você tem esse arremate um pouquinho diferente do resto. Na verdade, a ideia de contar com esse diálogo foi literalmente a última coisa que pensamos para o álbum, quando estávamos concluindo as mixagens.

Elisa – É isso mesmo! Essa coisa da liberdade é bem o sentimento central de todo o disco. Aliás, a maioria dos filmes da nova Hollywood no fim das contas tratam disso também, né… nós gostamos muito dessa vibe. Sobre a Sermão, nós queríamos que ela soasse diferente das outras, gravamos ela de uma forma mais solta, em um take ao vivo, e depois que quase todo o disco estava pronto, achamos que seria legal colocar uma textura diferente nela. Aí surgiu a idéia da cena do Easy Rider e usar os grilos e ruídos na música. Aquele diálogo encaixou com o nosso sentimento no disco, e a fala do Jack Nicholson acabou sendo o “sermão” do álbum.

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‘Das Coisas’ é uma faixa bem enigmática – já a ouvi dezenas de vezes tentando desvendar a conexão entre os versos. Nos falem um pouco sobre ela.

Victor – É uma faixa que gostamos muito de fazer. Em termos de gravação, acabou sendo uma das mais expressivas mesmo, uma das nossas favoritas. O piano da Nicole Patrício (Alambradas) também enriqueceu um bocado o som, a participação dela é muito muito importante naquela faixa. É mesmo uma música muito estranha… no fundo a gente queria fazer uma música com uma sonoridade meio pós-punk mas com viola caipira, e deu no que deu.

Elisa – Boa parte da letra nós fizemos num dia que ficamos acordados até umas 5 da manhã sem perceber. Queríamos fazer uma letra de lista, meio neurótica, com preocupações aleatórias que passam pela cabeça, não necessariamente da mesma pessoa. A idéia é que mesmo se acontecer várias coisas, o mundo não tá nem aí e vai continuar existindo. Ou algo assim.

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Também gostei bastante da sonoridade da faixa ‘Êxodo’, ela me remete à paisagens pitorescas. Qual a principal inspiração para essa música?

Victor – É uma das primeiras canções do Antiprisma. Antes mesmo do nosso primeiro EP a gente já vinha trabalhando nela. Na verdade, a Elisa veio com essa melodia e essa estrutura e logo de cara achei uma coisa fantástica. O arranjo que fizemos tem muito de folk britânico e Velvet Underground, eu acho. Ela é bem forte, talvez o mais próximo que chegamos de um rock mais elétrico, digamos assim. E isso no contexto do disco faz a música dar um salto.

Elisa – Eu fiquei com essa melodia na cabeça um dia e depois fiz aquela letra pensando em alguém indo se aventurar em algum lugar, somente isso. Antes a idéia era uma paisagem de deserto, mas não acho mais que seja isso, fica em aberto agora… Antes eu pensava nela com uma batida bem celta, mas aí vimos que a música tinha mais a ver com a percussão tipo All Tomorrow’s Parties do Velvet.

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Voltando ao tal sentimento de liberdade que citei no início, ele está bem presente na faixa ‘Hoje é Terça e Tudo Bem’. Além da deliciosa narrativa de um dia de folga no meio da semana, o que mais essa música representa?

Victor – Acho que representa levar as irritações do dia a dia para um nível menor, e ver que há muita coisa mais importante que reclamar da terça-feira ou idolatrar o final de semana.

Elisa – Pra mim a idéia de tirar um dia de folga no meio da semana e isso ser uma coisa excepcionalmente boa chega a ser um pouco melancólico, rs. Pra mim essa música representa um sentimento meio escapista. A idéia é refletir sobre separar o que realmente importa na vida e o que não importa, e não deixar coisas que não importam estragar o seu dia, mesmo que seja numa terça feira e, quem sabe, mesmo sem precisar tirar uma folga.

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Deu pra perceber que o álbum vai fundo na reflexão né? Pois não deixem de ouvir e tentar desvendar a mensagem por trás das demais faixas dessa jóia do folk brasileiro, este é com certeza um bom plano para esta encarnação:

Antiprisma was last modified: setembro 1st, 2016 by Joyce Guillarducci
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SOBRE

Joyce Guillarducci

Sou apaixonada por música, curiosa por natureza e adoro conhecer coisas novas - sem deixar de lado as antiguices do coração. Criei este espaço para compartilhar minhas descobertas com quem também cansou de ouvir sempre as mesmas bandas. Tem muita música boa acontecendo here, there & everywhere. Eu quero mais, cansei do mainstream

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