Tem Rock Experimental em São Paulo sim!
E continuando a série Não Cansei de SP, hoje trago a música experimental da Bombay Groovy.
A complexidade e riqueza de referências no som da banda foi o que me veio à mente na semana passada numa discussão musical onde me disseram que música instrumental era “sem graça”.
Bombay Groovy nasceu em 2013 em São Paulo do encontro de Daniel Costa (Baixo) e Rodrigo Bourganos (Sitar / Theremin). A banda começou a tomar forma com a adição de Leo Costa (Bateria) e estava completa com a chegada de Jimmy Pappon (Órgão Hammond). Em 2014 lançaram o primeiro álbum, intitulado Bombay Groovy, trazendo 10 faixas autorais. O som do quarteto tem como principal influência o rock dos anos 70, com duas diferenças: 1) não há guitarra na banda e 2) o vocal foi substituído pela sitar. O resultado é uma música exótica, cheia de energia, interessantíssima, com um pézinho no oriente e outro no rock psicodélico.
Após o lançamento do álbum o quarteto continuou trabalhando em novas composições, mas foram interrompidos pela morte de Daniel em Maio do ano passado. Hoje como trio, retomaram os trabalhos do novo álbum que se chamará Dandy do Dendê, em homenagem ao amigo.
E mesmo com a banda meio espalhada pelo mundo – Rodrigo está na Europa tocando com sua outra banda, a Flare Voyant (que aparecerá por aqui em breve), a Bombay Groovy me respondeu o que eles mais amam na música:
A música, para nós, é a alquimia do intangível, que se esculpe através de vibrações que envolvem e nutrem nossas almas.
Sublime! Mais sublime ainda é a música dos rapazes, então não deixe de ficar de olho na agenda deles. Por aqui conferimos o ótimo vídeo da faixa Le Bateau d’Orpheu, gravado ainda com Daniel e que conta com a participação de Mariô Onofre da banda Mescalines, e o link para ouvir o álbum Bombay Groovy na íntegra: