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A Cold Lonesome Nowhere

escrito porJoyce Guillarducci 20 de agosto de 2015
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Folk-rock de Boston para aquecer o coração.

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Conheci o A Cold Lonesome Nowhere há algumas semanas e me apaixonei pela delicadeza de sua música. A banda de Boston/EUA é liderada pelo cantor, compositor e guitarrista Seth Wonkka, que fez carreira solo anteriormente e lançou o álbum More Than Him (2012), onde apresenta suas letras simples e tocantes em sua voz incrível. Com a banda de apoio desde 2013, suas canções ganharam novas nuances, e a mistura de folk-rock e música country ficou mais interessante com a adição de violoncelo e dos belos backing vocals de Cristina Freda Warseck. A banda tem tocado em festivais e bares de sua cidade natal e agora se prepara para entrar em estúdio e gravar seu álbum de estréia.

Conversei com Seth Wonkka sobre seu processo de criação, fontes de inspiração e planos para o futuro, e agora você confere isso tudo aqui.

Li na sua biografia que aos 8 anos de idade você começou a ter aulas de violão e canto. Quem ou o que te incentivou?

Cresci com música. Me lembro que desde cedo meus pais tinham Bob Dylan, Janis Joplin, Creedence Clearwater Revival e outros tocando na vitrola. Pegar nos vinis e ver a arte dos álbuns me fez apreciar música e arte desde o início. Quando chegou a hora de escolher minha própria música eu lembro que meus primeiros álbuns foram da Cyndi Lauper e Joan Jett e o quanto eu amei ambos. Eu acho que eles me levaram a começar a tocar guitarra e essa vontade se firmou com as hair bands da época, como Bon Jovi e Poison. As canções eram longas com solos de guitarra insanos e eu me rendi à elas. Acho que as influências folk combinadas com a música do final dos anos 80 me levaram ao que escrevo hoje. Isso, um toque emo e das bandas Dashboard Confessional e Jimmy Eat World. É louco pensar em como todos estes estilos se unem e formam a base das minhas criações.

Me fala um pouco sobre sobre o seu processo de criação, de onde vem a inspiração para suas músicas?

Eu sempre digo às pessoas que minhas canções são ficção… talvez por medo de revelar como me sinto ou como me senti em uma época da minha vida. É quase como uma forma de liberar meus pensamentos, mas escondê-los como “ficção”. A realidade é que todas as minhas canções são baseadas em experiências que eu tive ou desejei que tivesse tido (por estar numa situação difícil naquele momento), ou de cenas que testemunhei e imaginei estórias para elas. A primeira música que escrevi, “Here’s My Heart” surgiu de um relacionamento terrível e verbalmente abusivo que tive. Eu costumava escapar para a praia e levar meu violão. Ao invés de escrever sobre quão triste e frustrado eu estava, eu escrevi uma música sobre como a noite perfeita com a pessoa perfeita seria e sobre o quanto eu queria aquele tipo de relacionamento. “Here’s my heart just take it, lying on a blanket, underneath the sky so clear tonight. I’ll hold you like I stole you. You know you steal my heart more and more, every time we kiss.” (“Aqui está meu coração, pegue-o, deitados num lençol abaixo do céu tão claro essa noite. Eu te segurarei como se eu tivesse te roubado. Você sabe que vocẽ rouba meu coração mais e mais toda vez que nos beijamos”). Hoje em dia essa música transforma aquela experiência ruim em boa e se torna terapêutica toda vez que a toco. O processo de criação sempre começa com um violão e um notebook. Eu escrevo a melodia, acordes e letras e então apresento para os membros da banda, onde eles desenvolvem toda a produção de cordas, notas, harmonias e mais. Às vezes me surpreendo quando penso em quão básica e simples uma música era inicialmente e o quanto ela cresce nas mãos dos meus incrivelmente talentosos companheiros de banda.

Então, no início você era um artista solo, agora você toca com uma banda, o quanto isso afeta o processo de criação? Alguma de suas músicas surgiu de um projeto colaborativo?

Eu acho que para mim, na escrita, o processo de criação é sempre o mesmo. Verso, refrão, acordes. Conseguir a canção base é sempre a primeira coisa. A beleza em ter todos esses músicos talentosos ao meu redor é que cada um trás seu próprio estilo, gosto e característica para a canção. É quase como se eles soubessem qual instrumento deve preencher cada espaço, ou tocar em cada parte. Quando estamos criando é incrível o quanto disso acontece sem nem falar nada uns com os outros. Acho que isso vem de um estilo razoavelmente clássico de criação de música, manter a base da música simples e deixar a parte mais profunda para os 7 membros desenvolverem juntos.

Ok, vocês estão se preparando para entrar em estúdio e gravar seu primeiro EP completo, emocionante! O que podemos esperar dele?

Acho que quando ouvirem nosso álbum vocês apreciarão o fato de que as músicas fazem sentido. Refrões longos, quietos quando ser, construção de intensidade, letras honestas. Eu acho que a infusão dos instrumentos frequentemente utilizados na música country (pedal steel) ou clássica (violoncelo) adaptadas para a música folk/pop/rock é o que fará do álbum tão especial, além das belas harmonizações vocais. Muitas bandas tentam tentam se encaixar em um gênero e parecer modernas e relevantes… nós só tocamos o que achamos que parece certo e não nos importamos em encaixar em moldes… e no fim, acho que muitas pessoas irão gostar da forma como o álbum desafia os gêneros e se relaciona com todos.

A Cold Lonesome Nowhere was last modified: agosto 20th, 2015 by Joyce Guillarducci
CountryEstados UnidosFolkMúsica
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2 comentários

Helton 21 de agosto de 2015 at 16:00

Gostei muito do som da banda. Here´s My Heart me lembrou um pouco de The Head and The Heart. A materia esta muito bem escrita tbm.

Responder
Joyce Guillarducci 22 de agosto de 2015 at 00:55

Bem legal o som né? Muito obrigada pelas palavras, espero que goste das próximas postagens também :-)

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SOBRE

Joyce Guillarducci

Sou apaixonada por música, curiosa por natureza e adoro conhecer coisas novas - sem deixar de lado as antiguices do coração. Criei este espaço para compartilhar minhas descobertas com quem também cansou de ouvir sempre as mesmas bandas. Tem muita música boa acontecendo here, there & everywhere. Eu quero mais, cansei do mainstream

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